Bragança

Via Sacra trouxe brigantinos para as ruas do centro histórico

Publicado por AGR em Qui, 04/17/2025 - 10:27

A Via Sacra da Semana Santa de Bragança trouxe, no domingo, os brigantinos para a rua do centro histórico da cidade.

Numa celebração presidida pelo bispo da dicoese de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, e com a presença do bispo Emérito D. António Montes Moreira, os quadros das 14 estações foram dinamizadas por várias instituições da cidade, terminando com os quadros finais da crucificação no Paço Episcopal.

“Caminhámos com Jesus. Percorremos com Ele a etapa mais importante e decisiva da sua vida entre nós: o caminho do Calvário, o caminho da cruz.

O caminho de Jesus é Deus que sai de si mesmo para caminhar connosco. E fá-lo por amor.

A Cruz é o sentido maior do maior amor, daquele amor com que Jesus quer abraçar a nossa vida.

E ninguém tem maior amor de quem dá vida pelos seus amigos, daquele que dá a vida pelos outros. Não nos esqueçamos disto: ninguém tem maior amor de quem dá a vida. Assim o ensinou Jesus. Por isso, quando contemplamos o Crucificado, naquela condição tão dolorosa, tão dura, vemos a beleza do Amor que dá a sua vida por cada um de nós”, sublinhou o prelado.

D. Nuno Almeida deixou, ainda, um pedido aos fiéis que assistiram e participaram na Via Sacra.

“Hoje fizemos o caminho com Jesus, o caminho do seu sofrimento, mas também o caminho das nossas ansiedades, o caminho das nossas solidões. Acompanhámos Jesus que caminha para a Cruz, morre na Cruz, para que a nossa alma possa sorrir. Para que sejamos, realmente, gente feliz com lágrimas! Homens e mulheres de esperança e que semeiam esperança à sua volta”, frisou.

D. Nuno Almeida sublinhou, ainda, os tempos de guerra que se vivem atualmente. “Na Via-Sacra descobrimos um mundo violento que tortura e mata Jesus Cristo. Que violência! Jesus viveu num mundo violento e foi vítima dessa violência.

O nosso mundo não é muito diferente: guerras, atentados, tiroteios, violência no namoro, entre marido e mulher, violência na família, abusos de crianças, bullying, abusos de poder.

São muitas as pessoas que têm de fugir de suas casas e das suas terras para não morrerem. Fogem da guerra, da fome, da falta de água, das perseguições políticas”, notou, antes de terminar com uma mensagem de esperança: “Nas estações da Via-Sacra, encontramos a nossas vidas, somos sempre convidados a abraçar-nos a Jesus para que ele nos levante e nos abra sempre novos horizontes de esperança”.

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