Nordeste Transmontano

Sexta-feira é dia de greve de professores no distrito

Publicado por António G. Rodrigues em Qui, 2023-01-19 10:54

Está prevista para esta sexta-feira a greve de professores e funcionários de escolas no distrito de Bragança, na sequência do pré-aviso convocado por várias plataformas sindicais (ASPL, FENPROF, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU) por distrito.

Alguns diretores de escolas da região antevêm que alguns agrupamentos possam vir a não abrir na sequência deste protesto, que tem acontecido um dia por distrito.
“Antevejo forte adesão. Do que temos visto no país, as pessoas vão mobilizar-se. Isto funciona como uma onda”, disse ao Mensageiro Paulo Dias, diretor do Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros, que já na semana passada se viu afetado pelas primeiras de greve e teve de encerrar portas.

Em Bragança, Carlos Fernandes, diretor do Agrupamento Emídio Garcia, o maior da cidade, admite, também, que possa haver constrangimentos, “sobretudo na escola Paulo Quintela”.

“Acredito que pode ter algum impacto”, disse ao Mensageiro.

Por informações que o Mensageiro conseguiu recolher, está prevista, ao longo da manhã de sexta-feira (11h00), uma concentração de professores da cidade na praça da Sé, que juntará, também, docentes de Macedo de Cavaleiros.

Mas noutros agrupamentos, como em Mogadouro, que esta semana já conheceu alguns protestos de professores (como na terça-feira), haverá nova manifestação.
Para além destas manifestações, cerca de 250 professores, técnicos profissionais, assistentes técnicos e outros profissionais da educação, dos distritos de Bragança e Vila Real, estiveram na grande manifestação, em Lisboa, em defesa de Escola Pública.

“A ação foi promovida pelo sindicato S.TO.P. (Sindicato de Todos os Profissionais da Educação) e associou cerca de 100 mil Profissionais da Educação de todo o país e pretendeu mostrar ao Governo e a todo a sociedade que aqueles profissionais se encontram, desde há cerca de 15 anos e serem espoliados e mal tratados pelos diversos governos que se sucederam em S. Bento”, explicou ao Mensageiro o sindicalista Joaquim Queirós.

Entretanto, o Governo antecipou para ontem e hoje uma nova ronda negocial com os sindicatos, de forma a tentar acabar com os protestos.

O próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, avisou o Governo de que o assunto deveria estar terminado “antes do Carnaval”, em meados de fevereiro.

Entre as reivindicações estão a “perda muito significativa de salário - 50% face à restante função pública; a não contagem integral do tempo de serviço – única classe que ainda não recuperou integralmente o tempo de serviço; o acesso ao 5.º e 7.º escalão com quotas; a colocação de professores por “mapas/perfis” com a intervenção das autarquias; a alteração das colocações por MpD (mobilidade por doença), para as que assim o justifiquem; pela vinculação dinâmica dos professores contratados; o acesso de todos à CGA (Caixa Geral de Aposentações); o incentivo à entrada de mais profissionais docentes e não docentes para as escolas”.

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