FUTEBOL

“Valorizar o jogador transmontano seria, no meu entender, o melhor caminho para o sucesso.”

Publicado por Guilherme Moutinho em Qui, 2021-03-18 18:30

Em entrevista ao Mensageiro, Pedro Machado, brigantino de 36 anos, faz uma retrospetiva ao seu longo currículo no futebol de formação, mas também no futebol profissional em clubes da Segunda e Primeira Liga. Um exemplo de humildade e sucesso que abraça agora um novo desafio no Vilafranquense, clube que milita na 2.ª Liga Portuguesa.

 

MdB - Conte aos nossos leitores como foi o seu percurso, no mundo do futebol, até a este momento?

PM – A minha formação iniciou-se no FC Mãe d´Água, na altura que completei 19 anos, jogava nos seniores e recebi o convite para ser treinador do escalão de sub-15. Como gostei muito da experiência optei por entrar na faculdade para tirar o Mestrado em Educação Física e Desporto, com a opção Futebol. Foi nesse período que recebi o convite do Pedro Barroso (atual treinador do Benfica de Castelo Branco) para trabalhar no Paredes. Entretanto, fui fazer um estágio com os sub-19 do Vitória de Guimarães e percebi como se trabalhava em realidades profissionais. Gostei imenso da experiência e a partir desse momento iniciei o meu percurso em todos os escalões de formação, entre clubes como Paredes, Freamunde, e Penafiel, desde sub-10 até sub-19. Depois, acabei por receber um convite do SC Espinho e ali iniciei o meu percurso no escalão de seniores, a convite do Calika. Surgiu então a possibilidade de trabalhar com o Carlos Pinto, em realidades profissionais, completamente diferentes daquilo a que estava habituado. Foi um “choque” a fase inicial, já que a disponibilidade e a dedicação têm de ser total. Como é um treinador que valoriza aspetos como dedicação, competência, lealdade, “obrigou-me” a evoluir e a crescer de forma muito rápida, trabalho com ele há, sensivelmente, 6 anos, entre Segunda Liga e Primeira Liga. Tudo teve início no Freamunde, em que desempenhava o papel de “observador”, mas também trabalhava no terreno. Depois disso, tive passagens por Santa Clara, Paços de Ferreira, Académica de Coimbra, Famalicão, Leixões e GD Chaves.

 

MdB - Quais as experiências mais gratificantes que viveu nesta caminhada? E as maiores deceções?

PM - De facto, posso afirmar que, num curto percurso, já tive algumas experiências gratificantes, e o facto de serem gratificantes não significa que tenham sido de sucesso. Porque, por vezes, temos algumas experiências que não correm tão bem, ou como esperado, e não deixam de ser gratificantes, já que delas bebemos bastantes aprendizagens e situações adversas que nos fazem crescer e com isso evoluir de forma natural, daí considerar que nunca são deceções.  Mas, como é lógico, aqui destacava as duas subidas de divisão consecutivas, porque tenho a consciência que é uma coisa muito rara de acontecer no futebol, e eu, felizmente, pude usufruir dessas vivências e sentir isso na pele. Colocar o Santa Clara e o Famalicão na Primeira Liga, depois de mais de 15 anos afastados dessa competição, foi fantástico e único.

 

Foto: Direitos Reservados

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