A opinião de ...

Solidariedade dos Estados de Língua Portuguesa

Quando terminou a Guerra de 1939-1945, um Jornal Francês notabilizou-se usando o seguinte anúncio: “um dia feliz coberto de lágrimas”. Todavia, a grandeza dos líderes europeus, em que se destacam, depois da guerra, os fundadores do que é hoje a União Europeia, não impediu que a longa guerra fria, que se seguiu à derrota da Alemanha, se baseasse no medo, como Spaak declarou no seu discurso na Assembleia Geral da ONU, dirigindo-se à delegação soviética. Aristocraticamente, no Conselho de Segurança, as potências com direito de veto, cuja função levou anos a ser realmente entregue à China. Felizmente não aconteceu o mesmo com a UNESCO, cuja História da Humanidade foi um passo em frente pouco utilizado para evitar o conjunto de graves ameaças que agora se exibem, com larga inquietação desta relação entre a Rússia e a NATO. O número de analistas que convergem no sentido de que o agravamento dos conflitos cresça, alterando as próprias histórias dispersas de servir a cooperação e a paz, é agravada pela falta de solidariedade e clareza de considerar que o palco jurídico da ordem internacional, e as concorrências económicas, estão visadas pelo conflito de aderência militar que sabedores da função foram aptos em caraterizar. Conhecer quando a eficaz e responsável intervenção do Papa Francisco, sem reter sequer a intervenção debilitada dos cardeais americanos, quanto ao Presidente, levou aos altares o Santo Bartolomeu dos Mártires que deixou em texto as palavras convenientes, e também terá dito, e certamente acontecerá a complexidade crescente da investigação e do saber. Certamente apoiará a reforma do ensino. É neste setor que parece o extremo interesse e beneficio cultural, a circunstância da pronta história, em cujo passado se inscreve, o Cardeal Newman, pai do renascido catolicismo inglês, santificado por Bento XVI (19 de setembro de 2010). Os Chefes de Estado e governo dos países de língua Portuguesa aceitavam a CPLP, que inclui Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal e S. Tomé e Príncipe. Trata-se de uma solidariedade que nesta altura tem a adesão dos Chefes de Governo e Chefes de Estado. Membros desta Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, deixando convergir para além dos riscos de todos serem marítimos, enfrentam o risco atual dos mares, sem disporem de uma capacidade unitária suficiente e atividade. Mas a pertença da Defesa Nacional comum, sem benefício de paz e cooperação que corresponda ao ideário da UNESCO e o apelo aos valores da igualdade de todas as etnias, crenças, e paz na terra casa comum de todos os homens. É uma cooperante essencial do estatuto destes países a enfrentar a desordem mundial. No seu importante processo histórico, a ideia de criação de uma comunidade de países e povos que partilham a Língua Portuguesa – nações irmanadas por uma herança histórica, pelo idioma comum e por uma visão compartilhada do desenvolvimento e da democracia – foi sonhada por muitos ao longo dos tempos. Em 1983, no decurso de uma visita oficial a Cabo Verde, o então ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Jaime Gama, referiu que: “O processo mais adequado para tornar consistente e descentralizar o diálogo tricontinental dos sete países de língua portuguesa espalhados por África, Europa e América seria realizar cimeiras rotativas bienais de Chefes de Estado ou Governo, promover encontros anuais de Ministros de Negócios Estrangeiros, efetivar consultas políticas frequentes entre diretores políticos e encontros regulares de representantes na ONU ou em outras organizações internacionais, bem como avançar com a constituição de um grupo de língua portuguesa no seio da União Interparlamentar”. O processo ganhou impulso decisivo na década de 90, merecendo destaque o empenho do então Embaixador do Brasil em Lisboa, José Aparecido de Oliveira. O primeiro passo concreto no processo de criação da CPLP foi dado em São Luís do Maranhão, em Novembro de 1989, por ocasião da realização do primeiro encontro dos Chefes de Estado e de Governo dos países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, a convite do Presidente brasileiro, José Sarney. Na reunião, decidiu-se criar o Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), que se ocupa da promoção e difusão do idioma comum da Comunidade.

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