Carrazeda de Ansiães

Aposta no Torneio Medieval trouxe mais gente à vila

Publicado por António G. Rodrigues em Qui, 2024-06-06 16:02

A realização do Torneio Medieval no Castelo de Ansiães, a maior competição do género em Portugal, trouxe, este ano, mais gente à vila, para um conjunto de atividades que permitiram recriar outros tempos.

“Não podemos ampliar muito mais o espaço mas temos tentado melhorar de ano para ano este ano correu muito bem e veio mais gente a Carrazeda”, sublinhou a vice-presidente da Câmara, Adalgisa Barata.

A atividade foi promovida pelo Município de Carrazeda de Ansiães desenvolveu-se em dois locais distintos. No Castelo de Ansiães, onde decorreram as lutas e os workshops associados a esta prática, e na vila, na Praça 6 de abril, onde funcionou o mercado medieval e diversas oficinas pedagógicas.

Logo na sexta-feira, ao início da tarde, decorreu um cortejo que envolveu as escolas e a comunidade local, que percorreu as ruas da vila de Carrazeda e encaminhou a população e os visitantes para o Mercado Medieval, no jardim junto à Biblioteca Municipal.

Não falta animação musical, com espetáculos à noite.

Mas o grande pólo de atração eram mesmo as lutas, neste que é o maior torneio realizado em Portugal e o único de âmbito internacional, com equipas portuguesas e espanholas.
“Este ano optámos por fazer duas liças para combates individuais, pois temos tido bastante afluência nessa vertente”, frisou Isidro Oliveira, da equipa Portvcale Combate Medievale, parceiro na organização do evento.

Este ano houve mais oito combatentes do que no ano passado de um total de 47.

“O objetivo é trazer mais equipas internacionais, francesas, inglesas. Mas ainda nos falta algum calo na organização”, precisou.

Igor tem 17 anos e era o combatente mais jovem a participar no torneio. Russo de nascimento, está em Portugal há três anos. Há um que se dedica a este desporto, depois de se ter estreado precisamente aqui em Carrazeda, em 2023.

“É um desporto em que eu consigo mesmo bater com força nas pessoas com uma espada, receber as estocadas e não sentir nada. E não ir parar à prisão por bater nos outros, o que é importante”, explicou, entre duas risadas.

A estudar no 10.º ano, pretende seguir história, também motivado pelo bichinho criado pelas armaduras e espadas com que combate.

Já Isidro Oliveira recorda que isto é um passatempo, que exige “muito investimento, para material e deslocações”.

Por seu lado, o investimento no evento ronda os cem mil euros. Este ano a verba cresceu ligeiramente, “devido à inflação”, explicou Adalgisa Barata, vice-presidente da Câmara de Carrazeda.

Ao longo dos três dias houve bailes e folguedos com os D’Way, musicais e folias com as Valquírias, os Manta D’ourelos e os Sons da Serra. O Grupo Pé na Terra, na noite de sexta-feira, atraiu uma multidão ao concelho, assim como o grupo ALBALUNA, na noite de sábado.

Houve ainda espetáculo de fogo, com os Iluminatis, e mais folias com o DJ Gaiteirinho e Rádio Sonoplasmática pela noite dentro.

No Castelo de Ansiães, o Grupo de Teatro Filandorra, tentou proporcionar uma viagem histórica que transportava o visitante à época medieval e à história do próprio castelo, abandonado no século XVIII. Houve ainda Workshops de Esgrima Histórica, Carreira de Tiro com Arco e oficinas de fundas.

Diariamente, aconteceu um espetáculo de Cetraria com Las Águilas de Valporquero.

Com este evento o município de Carrazeda de Ansiães pretende promover e valorizar o património do concelho, nomeadamente o castelo de Ansiães, levando a comunidade local a usufruir deste local e mostrando aos visitantes a importância histórica do Castelo e a própria beleza do espaço envolvente.

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