Nordeste Transmontano

Comemorações do Parque Natural de Montesinho marcado por criticas à gestão

Publicado por Sara Morgado em Qui, 2019-09-05 09:40

Autarcas reivindicam a revisão do Plano de Ordenamento e reclamam maior proximidade às populações. Presidentes das Juntas de Freguesia alertam para a falta de informação. Secretária de Estado prevê “mudança de paradigma”.

Criado em 1979 e com 75 mil hectares de área protegida, o Parque Natural de Montesinho celebra 40 anos desde a sua criação. Para o próximo ano está previsto um conjunto alargado de atividades que começaram oficialmente na passada sexta feira com uma cerimónia que trouxe a Bragança a Secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, Célia Ramos, e ficou marcada por várias criticas à gestão.

“Funciona como um garrote, há algo ali que não deixa que aquilo que é o processo de desenvolvimento possa passar para o outro lado e as populações têm, sem dúvida nenhuma, razões para estarem preocupadas e desagradadas com esta situação e obviamente que compete ao município de reivindicar que este Plano de Ordenamento seja revisto que haja aqui uma atenção especial ao território e atender àquilo que são as especificidades da nossa região”, afirmou Hernâni Dias, autarca de Bragança.

Luís Fernandes, Presidente da Câmara Municipal de Vinhais, referiu os constrangimentos da população que tem na agricultura a atividade principal.

“Há por vezes pequenos ou grandes constrangimentos que levam as pessoas a ter dificuldade em desenvolver a sua atividade, às vezes para a construção de um pequeno armazém ou de um estábulo, que desencadeia constrangimentos e as pessoas acabam por desistir, e isso é mau para a economia local, de Vinhais ou Bragança, essa é uma área de grande importância. Aquilo que nós queremos é que haja uma harmonia perfeita entre as entidades para que seja possível construir e não destruir, isto é, tentar ajudar as pessoas”.

Com um novo modelo de gestão das áreas protegidas em cima da mesa, a Secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza, Célia Ramos, defende uma “mudança de paradigma”.

 

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