UMA BONDADE PERFEITA (Quando os anjos se levantam)
Escrever sobre Ernesto Rodrigues é sempre um desafio enorme criador de dois tipos de emoções diversas. A primeira traduz-se no prazer de revisitar e estacar uma velha amizade como recomenda Miguel Torga. O problema está na segunda que num ápice põe a descoberto a dificuldade em opinar sobre um autor com o relevo, a cultura e a complexidade como a deste mirandelense de Torre de Dona Chama. A sua escrita aberta, labiríntica e assumidamente de várias interpretações pessoais facilmente inibe quem, como eu, tem falta de conhecimento e recursos para a analisar devida e fundamentadamente.