Coletivo Caruncho produziu mural artístico para o Glamping Hills
Arte e Natureza são a temática principal do novo mural instalado numa parede do Glamping Hills em Santa Comba de Rossas, no concelho de Bragança, criado pelo Coletivo Caruncho . Em três dias, entre sexta-feira e domingo passado, produziram a obra, uma ode à Terra Fria Transmontana. A iniciativa foi desenvolvida no âmbito de uma residência artística, em parceria com a Plataforma de Arte e Criação, que juntou cinco artistas, nomeadamente Luiz Morgadinho, Miguel Silva, Mutes, Paulo Sanchez e Pedro Raf, autodesignados ‘Carunchosos Artistas’.
“Caruncho, palavra que deriva de “carcoma ou gorgulho, que é a designação comum a diversos insetos coleópteros pentâmeros que pertencem à subfamília Bruchinae, que se alimentam do bicho d´Arte”.
Ora, “Assemblage, Surrealismo, Colagem e o DesCubismo, são algumas das “ferramentas” utilizadas por estes seres fitófagos”.
As castanhas, as franjas dos caretos, máscaras, chocalhos, a igreja de Rossas, a antiga linha do comboio da Linha do Tua, que tinha uma estação nesta freguesia, a natureza foram o mote para o mural. “Nós de quinze em quinze dias temos uma reunião online e surgiu esta possibilidade de trabalhamos juntos. Eu já tinha trabalhado com o Luís. Já nos coanhemos e correu bem. Isto podia ser uma natureza morta, mas jogamos com cores mais vivas”, explicou Mutes. “O comboio está ali um bocado transparente porque já não existe”, acrescentou Miguel Moreira e Silva destacando que o coletivo de artista foi criado para continuar a trabalhar “em exposições ou outras formas”.
Satisfeito como resultado, Luís Morgadinho afirmou que “bateram todos os recordes de execução”.
O trabalho feito a várias mãos partiu de uma maquete, mas inicialmente tinham quatro. “Transformamos algumas coisas, começamos com a maquete, mas trabalhamos em conjunto, e acabou por ficar tudo aqui. Como nos conhecemos não nos atrapalhamos, até vamos brincando. Um está a desenhar castanhas e eu vou atrás dele. Vamos trabalhando no trabalho uns dos outros. Aprendemos a respeitar e a dar continuidade”, observou Mutes.
