D. Nuno Almeida anunciou ordenação de um sacerdote ainda este ano em encontro com a comunicação social
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O bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, anunciou na passada sexta-feira a ordenação de um novo sacerdote na diocese do Nordeste Transmontano.
“É um ato e um testemunho para que outros jovens não tenham medo de avançar”, disse D. Nuno Almeida.
Trata-se de Nélson Vale, de 27 anos e natural do concelho de Vimioso.
“Será ordenado em junho, na Catedral. É uma grande alegria para nós”, sublinhou D. Nuno Almeida à margem do encontro com os jornalistas a propósito do Dia Mundial das Comunicações, que se assinalou na sexta-feira, dia de S. Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas.
O encontro, que decorreu no Seminário de S. José, em Bragança, reuniu comunicadores que prestam serviço na diocese.
Nesse encontro, o prelado de Bragança-Miranda indicou que o envelhecimento e o despovoamento desta região é um dos maiores problemas que se enfrenta na diocese, que necessitava de mais dez sacerdotes para “reorganizar a vida pastoral”.
“Neste momento, bastaria termos mais dez sacerdotes ordenados ou que venham de outros locais. Permitir-nos-ia reorganizar a vida pastoral da nossa diocese”, frisou D. Nuno Almeida.
O recurso a sacerdotes oriundos de outras paragens tem ajudado a atenuar as necessidades, como acontece atualmente com os frades Capuchinhos, que têm ajudado a ministrar cursos de formação bíblica, que decorrem à margem da Visita Pastoral que D. Nuno está a encetar atualmente, no concelho de Vimioso.
O bispo de Bragança-Miranda anunciou, ainda, a negociação de uma parceria com uma diocese angolana que pode ajudar a mitigar as necessidades de sacerdotes neste território.
“Estou em contacto com o bispo de Sumbe (Angola). Estamos em diálogo telefónico, com a possibilidade de estabelecermos uma espécie de acordo. Porque nós temos a vantagem de termos cá o Instituto Politécnico de Bragança. É possível termos sempre um ou dois padres em formação no politécnico, que trabalhariam nas paróquias, sobretudo ao sábado e domingo”, disse.
D. Nuno Almeida sublinhou que as comunidades não se sentem “desligadas ou abandonadas mesmo nas paróquias mais distantes”, mas que na Visita Pastoral que tem vindo a fazer nota que as pessoas dizem que gostariam de ter um pároco mais vezes presente.
“Precisaríamos de constituir em cada Arciprestado equipas com mais padres, sobretudo para poderem valorizar a celebração de domingo. Já não conseguimos celebrar o domingo como antigamente, nem em todo o lado. Não havia domingos sem missa”, disse o prelado.
D. Nuno Almeida esclareceu que não seria preciso um presbítero por paróquia. “Temos neste momento só 40 párocos. Temos de ter em conta que são mais de 300 paróquias. Portanto, já dá uma ideia das necessidades que teríamos para poder ter uma presença mais próxima”, disse. A estas equipas têm vindo a juntar-se diáconos permanentes, leigos e religiosas, “para que ninguém fique abandonado sem celebrar o domingo”.