Feira dos Gorazes com balanço positivo e reparos ao tempo de duração do certame
A organização da Feira dos Gorazes que decorreu em Mogadouro de 15 a 19 de outubro fez um balanço positivo do certame, por onde passaram alguns milhares de pessoas, com duas noites de lotação esgotada (sexta-feira e sábado) e negócios feitos e outros em carteira.
Os expositores apenas se queixaram da duração do certame, devido ao calendário que foi condicionado pelas eleições autárquicas para fazer coincidir o início da feira com o feriado municipal deste concelho, que é celebrado a 15 de outubro.
Contudo, foi apontada uma revisão do modelo desta iniciativa comercial e industrial que este ano se tornou “atípico” para os expositores devido ao tempo de duração que foi de cinco dias.
Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Mogadouro (ACISM), João Neves, o dia do feriado municipal condicionou a planificação da feira, há noção de que os dias grandes são sempre os do fim de semana.
“O dia do feriado municipal é dedicado às pessoas do concelho, mas para os visitantes que vêm de fora é mais o fim de semana, e daí termos jogar com o calendário. Temos noção que foram muitos dias. Este ano avaliamos os prós e contras e o calendário eleitoral também condicionou as escolhas das datas”, vincou o dirigente.
João Neves, acrescentou ainda que na próxima edição da Feira dos Gorazes será avaliado o horário de funcionamento do certamente, foi um dos pedidos dos expositores.
“Mesmo com estas condicionantes, o balanço da Feira dos Gorazes é francamente positivo e fez-se negócio”, disse.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Mogadouro, António Pimentel, avançou que há balanço positivo em todos os aspetos e com incidência nas largadas de perdizes, passeio de automóveis clássicos. A parte lúdica da feira também foi um sucesso.
Autarca também é da opinião de que a feira não pode ser tão dilatada no tempo, o que traz transtornos a vários expositores.
“Contactei com os expositores e fiquei com o sentimento que a feira não pode ser tão longa e tem de repensar o seu modelo. Mas notei satisfação na parte das vendas e ficaram muitos contactos e vontade de regressar ”, frisou.
O espaço dedicado à agropecuária foi muito procurado pelos visitantes, sendo um das apostas a manter em futuras edições dos Gorazes.
António Pimentel em jeito de balanço final disse que é preciso repensar o figurino da feira, porque houve expositores que ficaram de fora e demonstraram vontade em expor os seus produtos.
Este ano a Feira dos Gorazes contou com 130 expositores e um investimento de 225 mil euros.
Opiniões
Dário Mendes
Enchidos tradicionais
“É uma boa feira. Os Gorazes são a minha melhor feira onde faço negócio. As pessoas procuram os nossos produtos e damos a conhecer aquilo que fazemos. Este ano a feira foi de cinco dias o bom era três dias, porque houve dois dias que não estiveram mais fracos”.
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Cristiano Pires
Vinhos
“Foi uma boa feira para mostrar os produtos com origem Mogadouro. Fizemos contatos com pessoas que nos visitaram vindas de vários países para conhecer os nossos vinhos. Esta feira compensa por fazer circular a economia local. Esta feira é também uma boa montra para dar a conhecer os nossos produtos, porque passa por aqui muita gente”.
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Francisco Mateus
Cogumelos
“ Os Gorazes são uma feira de referência e que se tem mantido ao longo dos tempos e esteve à altura dos seus pergaminhos. Este certame é uma verdadeira montra dos produtos locais e regionais e fez-se negocio”.
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Raul Pires
Cutelaria artesanal
“Esta é uma feira em que se faz negócio. Mas este ano os Gorazes foram muito longos, devido às eleições autárquicas, a calendarização não foi a que teve o efeito desejado, já que a feira avançou uns dias. Eu não me posso queixar. As pessoas conhecem o meu artigo e vêm comprar”.