Nordeste Transmontano

Turismo e imigrantes podem ser a salvação das Terras de Trás-os-Montes que enfrentam desafio demográfico

Publicado por Glória Lopes em Qui, 2023-11-30 09:12

O desafio demográfico é a prioridade das prioridades da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIMTTM) 2030, mas o Plano de Ação delineado para a década sugere a aposta no turismo, na progressão das fileiras agroindustriais e na fixação de migrantes, cujo documento foi apresentado na passada segunda-feira no seminário ‘Pensar o Presente e Projetar o Futuro’, que teve lugar em Bragança. “Apresentamos 10 orientações que pretendemos fazer. Sempre em articulação com as regras do apoio de parceria e com o que foi negociado com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte”, explicou Jorge Fidalgo, presidente da CIMTTM, defendendo que os critérios de ilegibilidade e alocação de recursos sejam em função das especificidades de cada território. “Para ir ao encontro dos problemas que cada território tem”, sublinhou.
A contratação financeira direta para a CIM, ao abrigo do Plano Operacional Regional, é de 110 milhões de euros, distribuídos pelos nove municípios, que obrigam a vários compromissos: “A transição energética, descarbonização, energia, mas também os serviços de proximidade às populações, como a digitalização dos serviços, que vamos ter de cumprir”, acrescentou Fidalgo.
Cada um dos municípios da CIM apresentou as suas prioridades de investimento ao nível do PO-Regional, existindo outras fontes de financiamento. O presidente da CIM reconheceu que “há limitações às prioridades de investimento”, atendendo à especificidade das Terras de Trás-os-Montes e lamentou que os critérios sejam definidos de cima para baixo. “Temos de aceitar o que foi assinado no acordo de parceria e que o governo e a CCDR definiram como estratégia para os territórios. Temos de nos adaptar. Somos sete CIM no Norte, mais uma área metropolitana, todas diferentes. Depois os critérios adaptam-se melhor a uma ou outra. Um território como o nosso, com populações tão dispersas e uma área geográfica tão grande- somos um quarto do território da região Norte- com muitos problemas a nível dos transportes e das acessibilidades. O quadro comunitário fica aquém do que gostaríamos e necessitamos para o território”, referiu Jorge Fidalgo.

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