Pe. Calado Rodrigues

A luz do Sínodo dos Bispos

O Sínodo dos Bispos, sobre a família, encerrou-se no passado dia 25 de Outubro. Apesar de não ter correspondido aos que, ingenuamente, pretendiam que se reescrevesse a doutrina da Igreja Católica sobre a família e o matrimónio, este terá sido um dos acontecimentos mais relevantes, para o catolicismo, desde o Segundo Concílio do Vaticano.


A procissão e o andor

Iniciou-se Agosto. Este mês empresta alguma vitalidade às nossas aldeias. Traz os emigrantes e os familiares espalhados pelo país. Este é, por isso, o mês em que se concentram a maioria das festas das nossas comunidades. Em muitas delas a procissão é o momento religioso com maior afluência, mas como acontece com tantos outros, as pessoas limitam-se a assistir em vez de participar: “Ver passar a procissão…”. Comentam e criticam em vez de viver o seu sentido mais profundo.


Bispo em tempos de crise

Há homens que deixaram uma marca indelével na história da nossa diocese. D. Abílio Augusto Vaz das Neves é, seguramente, um desses. Foi escolhido para bispo de Bragança uns meses antes de se iniciar a Segunda Guerra Mundial, a 8 de Dezembro de 1938 e tomou posse a 28 de Março de 1939. No passado sábado, cumpriram-se 35 anos sobre a sua morte. Em tempos conturbados e numa diocese com parcos recursos, conseguiu deixar uma obra notável. Concluiu o edifício onde funciona o seminário, edificou o Colégio de S.


Basílica de Outeiro: e agora?

 
É frequente, quando comemos o pão que chega à nossa mesa esquecermos as mãos que desbravaram a terra, lançaram a semente, colheram o trigo maduro, bem como as que o amassaram, o levaram ao forno e o retiraram no momento certo. Só conhecemos as mãos daquele que no-lo vende, ou as daquele que recebe o nosso dinheiro e, por vezes nos dá o troco, quando o vamos buscar às prateleiras de um qualquer hipermercado. Por isso, é bom, de vez em quando, recordar e lembrar todos os que contribuem para que tenhamos pão na mesa e não só aqueles de quem o recebemos.


O cardeal que queria ser pároco

O cardeal patriarca emérito, D. José Policarpo, esteve presente, recentemente, em dois momentos significativos da vida da diocese de Bragança-Miranda. Foi o ordenante principal dos nossos dois últimos bispos, tendo, nos últimos anos, desenvolvido uma ligação, para além de eclesial, muito especial, pessoal e afetiva, com esta diocese nordestina. Por isso não é de estranhar que D. José Cordeiro tenha recordado o patriarca emérito, na Eucaristia celebrada no último domingo na Catedral de Bragança, com quem foi fortalecendo “laços de amizade e de fraternidade”.


Escravos do Séc. XXI

O filme “12 Anos Escravo” adapta ao cinema o livro em que o músico negro Solomon Northup narra o seu sequestro em 1841 e a sua venda como escravo. Ao fim de uma dúzia de anos, conseguiu, judicialmente, recuperar a liberdade. Foi considerado o melhor filme de 2013 pela British Academy of Film and Television Arts (BAFTA). Depois de ter merecido o mesmo galardão da crítica e de ter vencido o Festival de Toronto, no Canadá, perfila-se como um forte candidato ao Óscar de Melhor Filme, estando nomeado para outras oito categorias.


Agosto: mês das festas

Em Agosto, as nossas aldeias recuperam a vitalidade, que décadas de emigração lhes roubaram. As ruas fervilham de gente, que regressa às suas terras de origem, para passar as suas férias. Vêm dos mais diversos pontos do país, sobretudo do litoral, e dos países, onde encontraram o trabalho, que na sua terra, lhes foi negado.


“Vinho novo em odres novos”

Não é fácil adaptar a maioria das nossas igrejas – com uma arquitetura barroca, orientada para os fiéis assistirem às celebrações sagradas – às exigências da liturgia renovada do Concílio Vaticano II. Da mesma forma que é difícil manter uma coerência de linguagem nas novas igrejas, construídas recentemente, como é o caso da Catedral de Bragança


Assinaturas MDB