Rebordelo vence Mirandês 1968 e está nas meias-finais da Taça Distrital AF Bragança (com galeria)
A Associação Desportiva e Cultural de Rebordelo confirmou este domingo o apuramento para as meias-finais da Taça Distrital AF Bragança, ao ultrapassar o Mirandês 1968 com dois golos sem resposta.
Após a vitória em Rebordelo no jogo da primeira mão dos quartos de final (2-1), a 12 de janeiro, a equipa liderada por Gilberto Vicente entrou no Estádio Municipal de Santa Luzia, em Miranda do Douro, com o pragmatismo necessário para assegurar a qualificação para a fase seguinte da 'prova rainha' do futebol brigantino.
Apesar do ímpeto inicial dos locais, foi o Rebordelo a inaugurar o marcador ao minuto 10, por Leonardo Correia, que, aproveitando o espaço concedido na pequena área pela defensiva mirandesa, apenas teve de encostar para o fundo das redes de Lama.
Ainda atónito com o golo sofrido, o Mirandês, revelando alguma lentidão na saída de bola, permitiu que a pressão alta do Rebordelo desse frutos. Um passe arriscado de Braga para Lama acabou intercetado por Ednan, que roubou a bola e, perante o desespero dos adeptos locais, fez o golo que decidiu a partida e a eliminatória, aos 19 minutos.
O Mirandês teve uma oportunidade de ouro para relançar-se no jogo aos 24', quando foi assinalada uma grande penalidade por falta de Có sobre Cruz. No entanto, Yuyu, na conversão do castigo máximo, atirou ao lado.
Aproveitando a moral em baixa do adversário, o Rebordelo jogou na expetativa, controlando a posse de bola e as investidas do conjunto mirandês, numa partida que aqueceu com entradas duras e algumas quezílias prontamente sanadas pela equipa de arbitragem, liderada por Diogo Silva. Nota ainda para a expulsão, por vermelho direto, de João Varanda, aos 80', por agressão a Braga.
No final da partida, Manuel Carção, treinador do Mirandês 1968, apontou a ansiedade como fator determinante. "Trabalhámos a equipa para qualquer contexto, mas, infelizmente, o ritmo de jogo e a ansiedade dos jogadores fizeram-se notar no primeiro tempo. Acusámos em demasia a pressão pelo resultado da primeira mão (2-1), onde era necessário 'dar a volta' à eliminatória, e isso resultou em muitos erros. A equipa acabou por reagir bem no segundo tempo, com mais controlo e posse de bola, mas com pouca definição no aspeto ofensivo. O penálti falhado desestabilizou a equipa, retirando algum ânimo, perante um adversário inteligente no controlo dos tempos de jogo. No campeonato, mantemos o objetivo de alcançar a vaga para a Taça de Portugal. Acredito que estamos a evoluir, a consolidar ideias e que vamos conseguir atingir as metas propostas."
Gilberto Vicente, treinador do Rebordelo, destacou a importância dos pormenores nos jogos a eliminar. "Foi uma eliminatória difícil, diante de um adversário muito competitivo. Estes jogos decidem-se no pormenor e na garra, aspetos onde, desta vez, estivemos melhores que o Mirandês. O momento-chave do jogo foi o penálti falhado, pois nos deu a convicção de que a eliminatória seria nossa. Mostrámos estar preparados, conhecendo bem o adversário, e agora que venham as meias-finais. O Cachão tem um campo difícil, diante de uma equipa muito fechada, o que vai complicar a nossa tarefa de garantir um lugar na final. Tivemos alguma sorte no torneio e queremos aproveitá-la para cumprir o sonho de sermos finalistas e de subir o máximo possível na classificação do campeonato, sempre com os olhos na vaga para a Taça de Portugal."
Nos restantes encontros da 2.ª mão da Taça Distrital AF Bragança, apuraram-se para as meias-finais o Cachão, que venceu os Estudantes Africanos com um golo solitário de Kauã, logo aos 18 minutos, e o Macedo de Cavaleiros, que voltou a bater o Carção, desta vez por 1-2, com Mantorras em destaque ao bisar na partida. Assim, falta apenas conhecer a quarta equipa que disputará as meias-finais, que sairá do duelo entre Vinhais e Mirandela, marcado para o dia 2 de março. Os mirandelenses partem em vantagem, após terem vencido a primeira mão por 1-0.
Fotos: Guilherme Moutinho
