Os Pobres morrem mais cedo (2)
(Continuação da edição anterior)
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O fim da guerra de 1939-1945 foi anunciado por um jornal francês como – “esta alegria coberta de lágrimas”.
Em 2011, não sendo portanto de muitos anos o tempo decorrido, a Secretária de Estado Hillary Clinton declarou num discurso inspirado em afirmadas atividades da al-jazira, da China, e da Rússia, que estávamos numa guerra de informação. Neste ano de 2018 é o Presidente dos EUA que declara uma espécie de guerra civil com a informação do seu próprio Estado, talvez esquecido de que ele mesmo tinha agravado o que foi chamado “campo de batalha diplomático”, com a facilidade com que afirma e desconfirma palavras, discursos, e atitudes.
Na minha juventude, Lisboa tinha uma série de associações regionais, cada uma identificando a comunidade da origem, o que levou o ilustre Augusto de Castro, diplomata e durante muitos anos Diretor do Diário de Notícias, a afirmar que este capital era feito por subscrição nacional de imigrantes. De facto também nesse começo do século XX, os Bairros tinham uma identidade forte, até que a evolução do urbanismo, como em toda a Europa, os fizesse diminuir de importância perante a unidade crescente da cidade.
O mundo em que vivemos tem sido frequentemente qualificado como “um mundo de desigualdades”, com diferentes perspetivas de analistas numerosos, que multiplicam as áreas em que convergem na mesma conclusão.
O desastre que marcará este ano de 2017 na história portuguesa em páginas de luto, verifica-se, para aprofundar a gravidade, no ano em que se tornou frequente indagar se a União Europeia perderá viabilidade, uma questão que, para a tornar menos inquietante no que respeita às sociedades civis, pode ser atribuída a pessimismos de respeitados analistas, como Montbrial.