Adriano Moreira

O Desafio à Ordem

Uma das exigências, nem sempre respeitada no sentido de conseguir definir uma governança que discipline, a partir de um conceito de “justiça natural”, a globalização das interdependências, sofreu, neste ano que fora anunciado feliz, um desafio extremamente preocupante. A causa foi o assassinato do General Soleimini, na sexta feira 3 de janeiro do novo ano, por ordem do Presidente Trump, no território do Iraque.


Conselho Global para a Tolerância e Paz

Veio a Portugal o fundador do Conselho Global para a Tolerância e Paz, o seu Presidente S. E. Ahmed Bin Mohammed Al Jarwan, com uma experiência valiosa pelos cargos de relevância internacional desempenhados, apoiados na formação académica longa e respeitada, e na importância dos cargos exercidos, designadamente a Presidência do Parlamento Árabe, a pertença ao Conselho Federal Nacional dos Emirados Árabes Unidos.


Prioridade para a Lusofonia

É desafiante a identificação dos elos a cuidar para que o globalismo a que se chegou seja acompanhado do fortalecimento da articulação das comunidades múltiplas em que se dividiu a humanidade, designadamente pela especificidade do trajeto histórico de cada uma, pelas crenças religiosa, pelas etnias, sobretudo porque o separatismo se revela inquietante, como lucidamente concluiu Jacques Barzun (Da Alvorada à Decadência, Lisboa, 2003).


A AMNISTIA PELO SILÊNCIO

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos foi uma inovação que, pela primeira vez, deu aos cidadãos dos Estados aderentes o direito de recorrer para uma instância transnacional, mesmo contra decisões do seu Estado de pertença. Era um evidente condicionamento da soberania como é classicamente entendida, mas filiava-se na “justiça natural” que tem inspirado as Declarações de Direitos Humanos, como a da ONU, e antes da americana e da francesa.


A utopia Europeia

(continuação)
A alteração evidente da definição dos partidos políticos, hoje sem coincidência com o pluralismo dos fundadores, implica uma revisão do “conceito estratégico” da União, que garanta a autenticidade de participação nos valores comuns: o europeísmo não pode ser uma palavra sem um núcleo de significado participado.


A nossa época

Dividir a história por épocas é uma metodologia comum, procurando uma referência que as identifique. Mas em relação à que vivemos, a simplicidade não consegue eliminar a perplexidade derivada da multiplicidade de sinais. Talvez possa encontrar-se um denominador comum, assumido ou silenciado, que é o da “decadência do Ocidente”, mas é uma expressão que parece sobretudo limitar-se a anunciar a marcha para um ponto final de uma parte, e não do todo.


Repensar a Europa

(Continuação)
Quando da queda do Muro que por cerca de meio século separara a Europa em duas, a alegria de uma Europa democrática foi geral, e as portas abertas para a unidade não deixaram ver dificuldades na mistura de meio século de Meia Europa democrática, com uma meia Europa de sovietismo, não sendo de supor que o governo marxista tenha sido de muitas e aprovadas leituras gratificantes do Manifesto de Ventotene.


Repensar a Europa

São inúmeros os riscos sobre a evolução da União Europeia, sempre secularmente insegura entre a sua especificidade intelectual e multiplicação severamente contraditória das unidades políticas em que se divide sem até agora esquecer a ambição de ser o centro do globo.


Os pobres morrem mais cedo (3)

O tema ganhou uma evidência crescente quando no ano de 2013 o vírus Ébola causou em África mais de 10.000 mortes, alarmando para as desigualdades sanitárias mundiais, despertando essas organizações sanitárias mundiais para assumirem que se tratava de um prioridade. Não foi difícil reconhecer a evidência de que as desigualdades sanitárias resultem de uma congregação de desigualdades económicas, sociais, e políticas.


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