Henrique Ferreira

Professor

A OPA sobre o PS

As não-eleições europeias desencadearam um vendaval no PS. Nada o faria esperar porque daquelas não-eleições nenhuma conclusão se pode tirar. Muito menos a de que o PS perdeu as eleições e a de que tem um Secretário Geral fraco politicamente e pouco competente tecnicamente.
Mas os guterristas-soaristas-socratistas-costistas de circunstância entenderam que deviam aproveitar todas as ambiguidades resultantes destas eleições para tentar mudar de Secretário Geral. Sem qualquer fundamento estatutário, lançaram uma OPA sobre o PS e sobre o seu Secretário Geral.


Desencanto, irresponsabilidade e demagogia

 Sobre estas eleições, que foram não-eleições, o melhor seria não dizer nada.
Porém, há que dizer algo que seja construtivo. Os comentários que hoje tenho visto partem do princípio de que estas eleições foram válidas do ponto de vista democrático. Porém, deste ponto de vista, não o foram porque só votaram 3,282 milhões de 9,680 milhões de eleitores. Mas, do ponto de vista legal, dado que vivemos num direito eleitoral de usurpação, foram legais porque a lei eleitoral existente as torna legais, indevidamente.


Esta democracia mata o futuro

 
 
Hoje, vou abordar três práticas democráticas, em Portugal, pelo ângulo da transparência, da ética política e de um critério de verdade política: a contratualização entre eleitores e eleitos.
Antes, porém, duas palavras. Uma para a saída da «Troika». Não estamos livres dela mas ela deu-nos um voto de confiança para continuarmos a austeridade sozinhos. Os avisos sucedem-se e, por isso, temos de estar vigilantes em relação aos vendedores de promessas.
A segunda palavra é para os benfiquistas. Não foi o ideal, o sonhado, mas foi muito bom.


Memórias do 25 de Abril IV: II fase – do 16 de Março ao 25 de Abril de 1974

Vencida a luta pela revogação por parte do Governo, em 22 de Dezembro de 1973, dos decretos-lei 353/73 e 409/73, vai iniciar-se a II fase do Movimento, até 16/3/1974, caracterizada pela unidade dos oficiais do mesmo em torno da ideia de acabar com a guerra colonial. A terceira fase ocorrerá a partir de 16 de Março de 1974, caracterizada pela luta ideológica interna entre comunistas e não comunistas, pela preparação definitiva do golpe militar e pela definição do Programa do MFA. Deste, falaremos no próximo e último número.


Memórias do 25 de Abril: III – 1ª fase - do Movimento dos Capitães à revogação dos decretos-lei contestados

 
O Movimento dos Capitães (MC) teve o seu início na Guiné, em Bissau, em 29 de julho e 18 de agosto de 1973, com a assinatura de um abaixo-assinado contra os Decretos-Lei referidos. Alastrou ao continente, com reunião em 21 de agosto, em Lisboa. Mas o documento de contestação é elaborado ainda em Bissau, em 28 de Agosto, alastrando as assinaturas e movimentações a Angola e Moçambique.


Memórias do 25 de Abril: III - 1ª fase - do Movimento dos Capitães à revogação dos decretos-lei contestados

 
O Movimento dos Capitães (MC) teve o seu início na Guiné, em Bissau, em 29 de julho e 18 de agosto de 1973, com a assinatura de um abaixo-assinado contra os Decretos-Lei referidos. Alastrou ao continente, com reunião em 21 de agosto, em Lisboa. Mas o documento de contestação é elaborado ainda em Bissau, em 28 de Agosto, alastrando as assinaturas e movimentações a Angola e Moçambique.


Assinaturas MDB