Homem que ocultou cadáver da mãe em Mirandela para receber a reforma explicou que o fez “por necessidade”

O homem de Mirandela que ocultou o cadáver da mãe para receber a reforma confessou que não avisou as autoridades da morte, explicando a sua atitude “pela necessidade”, visto que não tinha trabalho certo, contou durante a sessão do julgamento que está a decorrer esta terça-feira no Tribunal de Bragança.
Nuno Albino, com 54 anos, disse ainda ao coletivo de juízes que está a julgar ocaso que ficou muito traumatizado com a morte da mãe e que nunca mais entrou no quarto onde ela dormia, e foi encontrada morta, no rés do chão da residência. A casa tinha dois pisos, com entradas independentes, e Nuno Albino ocupava o primeiro andar pelo que não precisava de entrar no espaço onde a mãe estava.
O corpo da mãe foi encontrado por inspetores da Polícia Judiciária (PJ) em outubro de 2022 na sua residência, em avançado estado de decomposição, depois desta autoridade se ter dirigido ao local em busca da mulher dada como desaparecida no âmbito de um processo que corria no Tribunal de Mirandela.
Nuno Albino comparece a julgamento acusado de vários crimes, nomeadamente profanação e ocultação de cadáver, burla informática, por ter prestado informações falsas e se ter apropriado de dinheiro relativo à pensão da mãe entre março de 2020 e outubro de 2022 e de subsídios do IFAP de dois anos (Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas).