Bragança

Associação Académica de Bragança contra o fim das praxes

Publicado por Glória Lopes em Sex, 2014-01-31 18:46

O presidente da Associação Académica do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) é contra o fim das praxes e defende a sua manutenção. Ricardo Pinto disse ao Mensageiro que em Bragança “nunca houve problemas, pois as praxes são acolhedoras e integradoras, destinando-se a receber bem os estudantes”.
Na sequência dos acontecimentos na praia do Meco, no distrito de Setúbal, onde seis jovens morreram afogados por terem sido arrastados por uma onda, alegadamente durante uma praxe académica, suscitou-se uma discussão em torno desta tradição, com as vozes discordantes a subir de tom. Todavia, Ricardo Pinto garante que no IPB não tem existindo problemas, nem reclamações de abusos. “O que demonstra que as escolas que integram o instituto seguem os códigos de praxes e os regulamentos. Os códigos existem em todo o país, agora se são cumpridos ou não, isso é outra coisa”, sublinhou.
Nos últimos anos, em Bragança, os estudantes têm promovido diversas iniciativas solidárias no âmbito das praxes, nomeadamente a recolha de bens alimentares para dar a instituições de solidariedade social. A Escola Superior Agrária desenvolve a praxe solidária há vários anos, mas a própria Associação Académica também promove esse tipo de iniciativa, nomeadamente recolha de alimentos e o desfile de Pais-Natal. “Este ano letivo, inclusivamente, no primeiro dia de aulas oferecemos o almoço aos alunos caloiros e seus acompanhantes. Fazemos questão de receber bem os alunos”, referiu Ricardo Pinto.
No distrito o caso mais mediático relacionado com os abusos nas praxes aconteceu no Instituto Jean Piaget, em Macedo de Cavaleiros, onde, em 2002, Ana Damião, uma caloira natural de Chaves, reclamou dos comportamentos abusivos dos colegas e denunciou por escrito a situação a Mariano Gago, ministro da Ciência e do Ensino Superior à época.

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