Política

PSD juntou-se em Bragança para dar ideias a Rui Rio

Publicado por AGR em Qui, 2019-02-07 09:51

Contribuir com ideias para o programa de Governo que o PSD quer apresentar nas próximas eleições legislativas foi o objetivo de uma convenção distrital do PSD que juntou, no sábado, em Bragança, militantes, independentes, pessoas da sociedade civil e alguns dos mais destacados dirigentes social-democratas.
Em discussão estavam as propostas das comissões distritais da Saúde, Segurança Social, Educação e Ensino Superior, que foram apresentadas a David Justino, o presidente do Conselho Estratégico Nacional (CEN).
“O objetivo é apresentar conclusões das várias reuniões que fomos tendo a nível distrital com as várias secções temáticas”, explicou o presidente da Distrital do PSD, Jorge Fidalgo. De fora da discussão ficaram a economia, agricultura e ambiente.
“A nossa Distrital, em articulação com as cinco distritais do norte, está a participar noutras secções temáticas. Para nós é um privilégio ter aqui os coordenadores nacionais dessas temáticas e o objetivo é darmos a conhecer as nossas ideias, os nossos contributos, para que possam ser integradas naquilo que irá ser o programa eleitoral do PSD com que se apresentará às eleições de outubro”, frisou o também presidente da Câmara de Vimioso.
“E estamos muito satisfeitos porque há muita gente para lá dos militantes. Cidadãos que querem dar o seu contributo e que o PSD lhes deu a oportunidade de participarem com as suas ideias, o que é extremamente enriquecedor para o debate”, apontou.
O auditório Paulo Quintela esteve bem composto durante toda a tarde, assistindo a um debate vivo, do qual saíram algumas ideias, como “novos modelos para garantir a sustentabilidade da Segurança Social e novas formas de financiamento e de articulação das IPSS que são o motor fundamental do nosso distrito”, sublinhou Jorge Fidalgo.
“A nível de saúde, a gritante falta de investimento no nosso distrito e a preocupante e crescente preocupação com a falta de médicos e com as idades próximas da reforma que muitos deles têm. Há a necessidade de encontrar outras formas de fixação de jovens médicos no território, pois só a componente financeira não chega”, disse.
“A nível de educação do ensino superior, a valorização da formação dos nossos jovens e da carreira docente e o papel dos professores” foram temas centrais da discussão.
“O diagnóstico está feito, precisamos é de ação. O maior problema é o despovoamento.
É fundamental os jovens terem aqui emprego e constituírem família”, disse, durante o discurso de abertura, o autarca de Vimioso, que considerou que o “Plano Nacional de Investimentos é uma década perdida” para a região.

Regionalização foi tema presente

Já António Batista, o presidente da concelhia de Bragança do PSD e anfitrião do evento, apontou alguns caminhos a seguir por um futuro governo social democrata.
“Todos, temos o dever de discutir a interioridade com seriedade, e nós, estamos disponíveis para trabalhar, contribuir e alcançar a tão desejada coesão territorial.
Para tal, é preciso romper, romper com estas políticas centralistas, que só se consegue implementando novas políticas, que podem passar, por um lado, por uma discriminação positiva na taxa de impostos, através da criação de incentivos fiscais dirigidos às empresas com sede e atividade no interior”. Também “através da redução da taxa de IRS de modo a fixar mais pessoas no nosso território” pois “sabemos que baixar a carga fiscal às empresas é um incentivo à sua fixação e proporciona emprego, mas também é importante ajudar as empresas na contratação dos melhores recursos humanos e, aí, a redução do IRS é um incentivo que pode contribuir para o sucesso”. As duas medidas andam de mão dada pois “uma precisa da outra”.

Para além disso, António Batista considerou que “o novo quadro de investimentos europeu 2030 tem que contribuir para a redução das assimetrias regionais”.
“É Preciso Incluir no Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI) novas infraestruturas, necessárias para o desenvolvimento da nossa região, tais como as ligações rodoviárias de Bragança- Puebla de Sanábria; Bragança – Vimioso e Bragança – Vinhais e reconverter o aeródromo municipal de Bragança num aeroporto regional de Trás – os- Montes e Alto Douro”, enumerou. “Também a ligação ferroviária Porto – Zamora, com passagem por Bragança, é importante e necessária, para promover e alavancar a economia desta região e consequentemente a economia nacional”, disse ainda, sublinhando que “o PNI 2030 apresentado por este Governo esquece a nossa região por um período de dez anos. É uma década perdida.”

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