Nordeste Transmontano

Alterações na proteção civil prometem não afetar populações do distrito de Bragança

Publicado por António G. Rodrigues em Qui, 2023-01-05 10:37

As alterações na orgânica da Proteção Civil, que extinguiram os 18 Comandos Distritais de Operações de Socorro (CDOS) e criaram 23 comandos sub-regionais “não vão ter implicações nas populações”, garantiu ao Mensageiro o Comandante Carlos Alves, desde 2020 Comandante Regional do Norte.

A nova lei orgânica da Proteção Civil data de 2019 mas só ontem as alterações produziram efeito, com a passagem dos novos comandos para o território das Comunidades Intermunicipais.

No distrito de Bragança, isto quer dizer que os concelhos de Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo e Carrazeda de Ansiães passam a estar sob a alçada do novo comandante sub-regional do Douro, que corresponde à CIM Douro, que já integrava estes concelhos. Os restantes nove concelhos do distrito de Bragança (Bragança, Vinhais, Alfândega da Fé, Macedo, Mirandela, Vimioso, Miranda do Douro e Mogadouro) passam a estar na alçada do novo comando sub-regional de Terras de Trás-os-Montes.

“A intenção é haver maior proximidade, o que ajudará certamente a resolver as situações inusitadas com que se deparem. A questão do socorro às populações não se coloca porque vão continuar a ver as mesmas pessoas a socorrê-las quando necessitam. As áreas de atuação dos corpos de bombeiros não mudam. A diferença é que em vez de reportarem à sala de operações de Bragança passam a reportar a Vila Real”, explicou ao Mensageiro Carlos Alves, brigantino que chegou a ser Comandante Distrital de Bragança e, depois, do Porto antes de assumir o cargo de Comandante Regional do Norte.

Na prática, a diferença só será visível numa segunda fase de resposta às ocorrências, como incêndios.

A primeira intervenção, mesmo no caso dos concelhos que agora transitam para o comando sub-regional do Douro, é assegurada pelos corpos de bombeiros mais próximos, mesmo que pertençam a outro comando.

Só quando a ocorrência passar para uma segunda fase, de ataque ampliado, é que o comando das operações ficará a cargo dessa nova estrutura, pertencente ao distrito de Vila Real, e que agora passará a ter sob a sua alçada 19 concelhos, dos distritos de Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu.

Rómulo Pinto assume comando da sub-região do Cávado

Outra das alterações, que teve efeitos a partir de 01 de janeiro, foi a nomeação de Rómulo Pinto, há oito anos segundo comandante da proteção civil de Bragança, como comandante da sub-região do Cávado, no distrito de Braga, que engloba seis concelhos.

Tido como “um profissional exemplar” por aqueles que lidaram com ele enquanto segundo comandante de Bragança, Rómulo Pinto foi segujndo comandante dos bombeiros de Macedo de Cavaleiros. Tem 43 anos, é enfermeiro de profissão e mestre em gestão de organizações públicas pelo Instituto Politécnico de Bragança.
“Possui diversas condecorações e louvores públicos” e “é-lhe característico o profissionalismo e capacidade de adaptação às funções que lhe são confiadas”, descreveu ao Mensageiro fonte da Proteção Civil.

Rómulo Pinto assume o cargo em regime de substituição, enquanto não forem abertos novos concursos.
Será substituído, em Bragança, por Júlio Miguel, que até aqui era segundo comandante dos bombeiros de Miranda do Douro.
O comandante em Bragança mantém-se Noel Afonso, de Vimioso.

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