Nordeste Transmontano

Economia transmontana cresce mas ainda não o suficiente para fixar mais gente

Publicado por António G. Rodrigues em Qua, 2018-10-31 11:37

Professor de Economia da Universidade do Minho tem estudado a economia transmontana desde outubro de 2017 e mediu a confiança dos consumidores, para além de outros parâmetros.

A economia transmontana está melhor hoje do que há um ano. Não é impressão, é mesmo uma conclusão do ÍETI, o Índice de Economia de Trás os Montes. Um indicador criado e medido pelo investigador e docente de economia da Universidade do Minho, Paulo Reis Mourão, natural de Vila Real.

“Este Índice revela uma perceção conjunta de uma amostra representativa da população dos distritos de Vila Real e de Bragança relativamente à evolução da economia no mês em questão. Permite, assim, demonstrar se as pessoas “sentem” se a economia da região cresceu, estagnou ou diminuiu, por exemplo”, explicou ao Mensageiro.

Para já, a primeira grande conclusão refere que “existe um acompanhamento das respostas com os indicadores de atividade económica do INE – portanto, as pessoas percebem momentos de crescimento económico na região quando o INE assume crescimento para o país”, diz o investigador. “Ao invés, quando o país decresce, a economia regional também não consegue contrariar essa tendência nacional”, acrescenta. “Outras conclusões são possíveis derivadas das componentes do Índice da Economia de Trás-os-Montes – que as principais mexidas na economia se devem aos gastos das famílias e ao Turismo. Finalmente, o investimento percecionado na região é muito débil neste ano de observações”, frisa Paulo Reis Mourão, que inicialmente até “esperava uma reação diferente da economia da região perante o todo nacional”.

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Paulo Reis Mourão

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