Bragança

Faltam casas para arrendar a estudantes

Publicado por Glória Lopes em Qui, 2023-08-24 09:16

A mais de um mês do início das aulas no ensino superior e sem serem conhecidos os resultados do concurso nacional de acesso, praticamente já não há casas para arrendar a estudantes em Bragança.
Uma fonte da Riskivector, empresa que trabalha sobretudo com estudantes ou docentes, deu conta que “a procura por casas é imensa, há cada vez menos habitação disponível e as rendas são mais caras ainda que isso varie em função da localização”.
Outra imobiliária brigantina, da zona da Avenida Sá Carneiro atesta que nesta altura já não tem casas para arrendar a estudantes. “Está tudo arrendado e cada vez há menos capacidade para colocar essa procura. Tratam das mudanças em julho antes de irem de férias”, indicou a responsável sublinhando que “há muita falta de casas em Bragança, principalmente nas zonas mais procuradas pela população que frequenta o ensino superior, nas proximidades das escolas e junto à Avenida Sá Carneiro”, que obriga os jovens a deslocar-se para bairros mais distantes. “Sei que muitos acabam a procurar casa em Vale D’Álvaro, que antigamente não acontecia”, acrescentou,
Muitos proprietários optam cada vez mais por não disponibilizar casas para o mercado de arrendamento. “Preferem vender os imóveis ou tê-los fechados, porque não querem investir em obras e os estudantes deixam os apartamentos muito danificados e em mau estado”, acrescentou a fonte.
O mercado do arrendamento está difícil também para os não estudantes.
O portal imobiliário Imovirtual divulgou este mês um estudo focado na comparação entre a procura versus a oferta, nos últimos três meses. Fez-se a analise da diferença entre os valores das casas anunciados e comparou-os com o que as pessoas estão a procurar no portal.
Em Bragança o valor de um T2, nas zonas mais procuradas por estudantes, varia entre os 450 e os 550 euros. A renda dos quartos anda entre os 160 e os 200 euros. Há quartos partilhados a 145 euros por pessoa em frente ao IPB.
Nos 19 distritos analisados, verificou-se que em 10, as pessoas procuram por valores mais elevados do que os praticados no mercado. Guarda (-37%), Bragança (-36%), Beja (-23%) Castelo Branco (-16%) é onde os preços médios da oferta são inferiores aos da procura.

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