Hernâni Dias apresentou programa com quatro eixos e mudou 16 candidatos às juntas

Foi numa revista de 60 páginas que o candidato do PSD à Câmara de Bragabça, Hernâni Dias (que tenta este ano um terceiro mandato) apresentou o seu programa eleitoral às próximas eleições autárquicas assim como os cabeças de lista às 39 assembleias de freguesia do concelho (é o único partido a fazer o pleno), na passada sexta-feira.

Com quatro eixos fundamentais, Hernâni Dias aposta na Gestão, organização interna e relacionamento com o cidadão; na coesão social; no desenvolvimento económico e Competitividade; e na reabilitação urbana.

"Queremos criar condições para que os cidadãos se sintam confortáveis a comunicar com o município, criando nós os canais necessários para que tudo corra com normalidade, eficiência e rapidez. Entendemos que esta área é extremamente relevante nos dias que correm, tendo em conta que as pessoas sentem cada vez mais a necessidade imediata de resolução de problemas", disse.

Para além disso, aposta na "boa gestão financeira do município, continuando com os níveis de execução que têm vindo a ser apresentados".
"Nos últimos cinco anos, fomos considerados o concelho da região norte de média dimensão com melhor desempenho económico-financeiro e isso é, também, um aspeto relevante no tratamento e no relacionamento com os nossos clientes e fornecedores, com prazos médios de pagamento de quatro dias", exemplificou.

O segundo pilar "tem a ver com a coesão social e, aí, a aposta vai para a parte da habitação, educação, dos apoios escolares que concedemos. Temos a nossa estratégia local de habitação aprovada em Câmara Municipal e em Assembleia Municipal e está a ser trabalhada para aprovação no IRHU, para que possamos dar resposta às necessidades habitacionais de mais de 200 famílias que foram identificadas como carenciadas, sejam elas de etnia cigana ou outras, no sentido de resolvermos este grave problema de carência habitacional, não esquecendo o facto de, não sendo possível incluir toda a gente na nossa habitação social, termos possibilidade de criarmos mecanismos como o fundo de apoio ao arrendamento, para que as pessoas carenciadas possam beneficiar desses apoios para compensarem a dificuldade de pagamento de renda", explicou.

 O candidato laranja aposta ainda em continuar "o programa de colaboração com as juntas de freguesia na reabilitação de habitações de famílias  carenciadas, de forma a que, em conjunto, possamos resolver alguns problemas". "Apoiámos 91 famílias com 366 mil euros durante estes quatro anos e queremos continuar este projeto", frisou.

"Para além disso, os apoios sociais que concedemos a todos os alunos que frequentam o 1.º ciclo e que se encontram no escalão 1, 2 e 3, e mais um conjunto de medidas na área da sustentabilidade, para que consigamos criar essa coesão para conseguir fixar pessoas tanto na área urbana como rural."

O terceiro pilar é o do desenvolvimento económico e da competitividade, "um aspeto extremamente relevante no que tem a ver com a criação de condições para atrair mais empresas e entidades que possam criar mais riqueza, novos postos de trabalho e que ajudem a fixar os jovens e pessoas que vêm para o município e aqui querem permanecer, para inverter esta tendência de perda demográfica que se tem verificado a nível nacional", sublinhou.

"O pilar número quatro é a regeneração urbana, de forma a concretizarmos alguns projetos relevantes, nomeadamente a conclusão do Museu da Língua Portuguesa, um equipamento de relevância a nível nacional e mundial, e tudo o que tem a ver com a própria reabilitação de espaço público, de edificado, a concretização do objetivo de deslocalização de serviços para o centro histórico no sentido de podermos continuar a dinamização daquela área da cidade, bem como com a criação de grandes eventos", concluiu.

Do multiusos à requalificação do monte de S. Bartolomeu

Entre as medidas que o PSD colocou no seu programa, destaque para a construção de um pavilhão multiusos, no espaço do campo do 30, "um projeto de dez a 12 milhões de euros", adiantou Hernâni Dias.

Este é um projeto que transita do mandato anterior, assim como a criação de uma praia fluvial na barragem de Castanheira. " Este é fundamental para Bragança, durante a época balnear, conseguir ter oportunidade de aqui fixar as suas pessoas durante o verão. Custa-me imenso ver as pessoas a terem de se deslocar de Bragança para fora, para Espanha, para o Azibo, para poderem passar um fim de semana ou um dia com a sua família. Vamos continuar a pressionar a DRAPN para que reverta esta informação que nos transmitiu", frisou.

 Para breve arrancam as obras do projeto de requalificação do terminal e torre de controlo do aeródromo municipal.
Também o projeto de requalificação do Monte de S. Bartolomeu está nos planos.

"Tentaremos obter financiamento comunitário para os projetos. Somos um bom exemplo a nível nacional e queremos, sempre que possível, candidatar projetos a fundos comunitários. Se, eventualmente, não for possível candidatar, o município tem capacidade financeira para executar esse projeto, que é importante para a valorização de uma área importante sob o ponto de vista turístico e a vivência do dia a dia da comunidade que ali mora", apontou.

Outra das grandes obras em perspetiva é a conclusão da Circular Interior de Bragança, com as ligações da Quinta do Rei à Av. Figueiredo Sarmento (Braguinha) e da rua Bagança do Pará à rotunda do Cão de Gado Transmontano (na zona do antigo campo da aviação até ao Continente).

O elevador panorâmico no Teatro Municipal também entra nos planos, assim como mais saneamento. "Temos vindo a fazer investimento no saneamento mesmo sem fundos comunitários. Durante este mandato investimos 3,391 milhões de euros em água e saneamento no nosso concelho, sem qualquer apoio comunitário. Significa que também essa é uma preocupação constante. A taxa atual é de 92 por cento. Queremos chegar aos cem por cento. Se tivermos apoio de fundos comunitários, a tarefa fica facilitada", garantiu.

Para o próximo mandato, Hernâni Dias mudou 16 candidatos às juntas de freguesia. Quatro deles por limitação de mandatos (Babe, Coelhoso, Zoio e Sendas). Houve ainda mais 12 alterações, "uma questão de renovação", explicou.

Foram os casos de Alfaião, Carragosa, Castro de Avelãs, França, Gondesende, Macedo do Mato, Grijó de Parada, Parâmio, Quintanilha, Quintela de Lampaças, Parada e Faílde e Sortes.