FUTEBOL DISTRITAL

“Somos realistas e temos os pés bem assentes no chão”

Publicado por Guilherme Moutinho em Qui, 2021-08-26 15:03

Carlos Silvestre, de 56 anos, assumiu esta época o cargo de treinador principal do Vila Flor SC. Um capítulo novo na carreira de um técnico que leva uma vida ligada ao futebol. Um conhecedor do futebol distrital que garante aplicar toda a experiência acumulada no crescimento da sua nova equipa.

 

MdB - Qual o seu percurso futebolístico até ao momento?

CS - Joguei futebol dos 10 anos até aos 38. Comecei a jogar no Sport Club Mirandela onde subi a sénior aos 17 anos, integrando o plantel do SC Mirandela, na 2.ª Divisão. Entretanto, passei por Macedo de Cavaleiros e Vinhais, sempre na 3.ª Divisão. Mais tarde, como estudava no Instituto Politécnico de Bragança fui obrigado a descer aos regionais para acabar o curso. Na regional tive o privilégio de ser campeão distrital da AF Bragança jogando no Macedo de Cavaleiros, no Vinhais, no Moncorvo e Rebordelo. Subidas que me permitiram representar estes emblemas na difícil 3.ª Divisão. Joguei ainda no Mãe d´Água, no Vilariça e no Sendim. No Sendim não fomos campeões distritais, pela diferença de golos marcados, tendo sido campeão o Mogadouro.

Na vertente do treino, comecei como treinador de guarda-redes na equipa técnica do Lopes da Silva, no GD Bragança, na 3.ª divisão. Depois fui para o Mãe d´Água, rumando a seguir para o Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros, por duas épocas, onde fui campeão da 3.ª divisão, série A. Fui a seguir para o Sport Clube de Mirandela, como treinador de guarda-redes, onde estive 4 épocas. Em 2016, dei o salto para o Vitória Futebol Clube onde me sagrei campeão nacional da 2.ª Divisão de Juniores. Voltei a trabalhar em Trás-os Montes, na época 2018/2019, ao serviço do Águia FC Vimioso. Na época seguinte, voltei a uma casa que conheço bem, em Macedo de Cavaleiros, onde treinei os juniores como técnico principal e os seniores como treinador de guarda-redes. Esse trabalho culminou com o título de campeão distrital de seniores alcançado esta época. Pontualmente, ainda treinei as guarda-redes da AF Setúbal e trabalhei como treinador principal do AC Milan/Macedo de Cavaleiros em infantis, tendo sido vencedor da taça da AFB. As minhas competências académicas como treinador incluem o nível 2 (tenho o nível 3 incompleto) e fui durante alguns anos formador dos cursos de treinadores da AFB.

MdB - Tem uma carreira sustentada no treino específico de guarda-redes. O que podemos esperar do Carlos Silvestre como treinador principal?

CS - O meu perfil de treinador assenta naquilo que sempre fui como jogador e pessoa. Organizado, responsável, rigoroso, leal, lutador, aguerrido, empenhado e “profissional” naquilo que faço. Amo o futebol, pois foi graças ao futebol que pude ser e crescer nas outras vertentes da minha vida. Só tive dinheiro para estudar e formar-me porque o ganhei no futebol. Por isso, as pessoas e os adeptos do Vila Flor podem contar com uma pessoa que tudo dará para levar o nome de Vila Flor bem longe e dignificar o clube e o concelho.

MdB - Como decorre a preparação da nova época?

CS - Preparo a época com o presidente e direção e com os jogadores mais antigos no clube, bem como com outros amigos, empresários que conheci durante o meu percurso e também quando treinei o Vitória de Setúbal e colegas treinadores que me ajudam. Poderia dizer os nomes deles — fá-lo-ei a seu tempo — mas penso que não o devo fazer agora. Aliás, o bonito do futebol para mim, é isto, a capacidade que a maior parte dos treinadores têm em ajudar-se e partilhar informação — exceto, a do jogo e da estratégia (risos) — é bonito de se ver, nada como noutros mundos onde me movimento. Por isso elaboraremos a melhor equipa possível nos condicionalismos conhecidos por todos no distrito.

Foto: Guilherme Moutinho

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