A opinião de ...

PARTILHA DE DADOS PESSOAIS COM A RÚSSIA QUE SALADA RUSSA, E COM QUE MOLHO, SENHORES!!!

Afinal, na partilha de dados pessoais dos promotores de manifestações, a generosidade da Câmara de Lisboa não tinha limites e, da China à Venezuela, ou da Rússia a Israel já tinha sido um fartote, restando a dúvida de que tudo tenha ficado por aí.
Esperemos bem que sim mas, a avaliar pelos dados disponíveis, a ver vamos porque, ao que tudo indica, tudo se conjuga para que possamos estar perante um gigantesco “RÚSSIA GATE”, capaz de provocar coimas de oitenta milhões de euros, meter alguma gente na cadeia e provocar um autêntico cataclismo económico e político de consequências inimagináveis.
Assim haja coragem para fazer uma análise séria dos dados já disponíveis e dignidade para assumir as suas consequências, condições que, a avaliar pela indisfarçável e descarada tentativa de fazer de conta que nada aconteceu, o mais provável é que, para entreter alguns dos deputados desocupados, tudo se resuma à nomeação de mais uma comissão parlamentar para proceder a mais “um rigoroso inquérito”, a terminar lá para o dia de S. Nunca à tarde.
Por tudo o que está em causa, e é muito, bem que eu queria estar enganado, mas duvido muito que seja assim.
Analisando os indicadores já disponíveis, não resta qualquer dúvida de que estamos perante uma situação grave e altamente preocupante que, com estrondo, pôs a nu muitas das indisfarçáveis fragilidades da nossa vida democrática, fragilidades por demais evidentes, que muito poucos tiveram lucidez suficiente, coragem e honestidade para as reconhecer, denunciar e tentar resolver.
Ainda bem que o telhado desabou, deixou a casa a descoberto e obrigou os responsáveis desta situação a justificar-se perante o país mas, ultrapassando todos os limites da decência e do ridículo, acabaram quase todos enredados numa gigantesca, descarada, vergonhosa, desonesta e mal conseguida tentativa de manipulação e sonegação de informação.
Para compor o ramalhete, não menos lamentável e preocupante, tem sido a reação leviana, inconsequente e quase anedótica, de tantos dos nossos responsáveis, ninguém entendendo por que cargas de água andam num corrupio estonteante de televisão em televisão onde, com total desfaçatez, indisfarçável má fé, incompetência, ignorância e impreparação, se preocupam desesperadamente em desvalorizar e encobrir a estrema gravidade da situação que ajudaram a criar, nem que para isso tenham que inventar alibis e desculpas, ou até mentir descaradamente.
Os exemplos são tantos e tão evidentes, que seria impossível referenciá-los todos.
Contudo, pelo seu especial significado, é oportuno referir o quase “NIM” do Sr. Presidente da República, o intrigante desaparecimento de cena do Sr. Primeiro Ministro, a infeliz intervenção do Dr. José Luís Carneiro, a justificação miserável e vergonhosa do Dr. Santos Silva, sem esquecer as tristes figurinhas do tão solícito Dr. Fernando Medina, sempre que resolve abrir a boca em público.
No meio de toda esta vergonha, e por mais que isso custe a acreditar, subjacente ao desenrolar de todo o processo, paira no ar preocupação de manter o princípio de que “Uma mão lava a outra e de que as duas batem palmas”, tudo sintetizado na expressão latina “Asinus asinum fricat.”

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