José Mário Leite

Em busca do Ser e a ponte do SABOR

Ao atravessar a novíssima ponte do rio Sabor, na Portela, assaltam-me, sempre, sentimentos contraditórios. Por um lado sinto-me bem com a modernidade, com o desenvolvimento que, queira-se ou não, a barragem do Sabor trouxe ao Nordeste em geral e ao concelho de Moncorvo em particular. Por outro, não consigo conter uma mágoa saudosa ao ver a velhinha ponte de pedra a ser engolida pelas águas da albufeira.


A Máquina Ganeza

As células alinhadas e sobrepostas, em sincronismo, alteram a sua forma longilínea e contraem-se. O músculo toma uma forma mais arredondada e expande-se na lateral, contrai-se na longitudinal, puxando com força o tendão. O osso movimenta-se em círculo sobre a rótula. O pé, no outro extremo, transmite ao pedal o binário. A força passa para a roda dentada. A cremalheira descreve um círculo puxando a corrente de aço.


PEPES

Há, sobre os municípios uma verdade que parecendo de La Palisse deveria merecer alguma atenção e análise: As Câmaras Municipais não são empresas. A sua “rentabilidade” não pode medir-se pela existência ou não de superavit económico ou financeiro, como resultado da sua atividade! Contrariamente ao que acontece no mundo empresarial a existência de grandes saldos de gerência poderá significar precisamente uma gestão errada, inadequada e “lesiva” dos interesses dos “acionistas”: os munícipes!


Novo pacto para a Europa

A Fundação Rei Balduíno lidera um projeto a que, entre outras, aderiram, na primeira hora a Fundação Bertelsmann alemã e a portuguesa Fundação Calouste Gulbenkian. O objetivo do Novo Pacto para a Europa é promover uma discussão sobre os caminhos que devem ser abertos e percorridos para ultrapassar a atual crise europeia.
 


O significado do Voto

E afinal houve vencedores.
E nem foram inesperados.
É certo que há quem continue a fingir que não vê, a fingir que não ouve. Faz-me lembrar algumas crianças que quando alguém lhes diz algo que sendo evidente não querem admitir, tapam os ouvidos e começam a “martelar”: “Não te estou a ouvir! Nã nã nã nã! Não te estou a ouvir!”
E na verdade, havendo, seguramente, várias conclusões possíveis sobre as eleições há uma que me parece linear e cristalina. E que vai de encontro a algo que tenho defendido desde há algum tempo, publicamente.


O valor do voto

É tempo de rescaldo. Da vitória de quem não ganhou e da derrota de quem não perdeu. Porque para lá dos valores frios e inapeláveis dos números há sempre e inevitavelmente a interpretação dos mesmos. E se os números não podem ser alterados já o significado e, sobretudo, as consequências têm várias e diversas leituras. Mesmo que baseadas nos mesmos e inabaláveis valores.


O milagre Paradoxal

 
Milagre é uma ação ou facto que a ciência não consegue explicar e que por isso se atribui a influência ou ação divina. Estando pois nos antípodas, sendo aliás a incapacidade de o enquadrar nas leis e regras da ciência que constituem a essência de qualquer milagre é da sua natureza que em ciência não haja milagres. E, contudo, paradoxalmente, em Portugal, parece não ser assim!


Legenda para a Pobreza

Um ex-autarca faz gala de dizer, afirmar, insistir e repetir que saiu da autarquia mais pobre que entrou.
 
Já o tinha dito em sessão da Assembleia Municipal, tinha-o repetido na última campanha autárquica e continua a declará-lo sempre que tal se proporciona. Esta afirmação, só por si, é grave (como a seguir vou demonstrar) e carece de devida justificação ou explicação. A menos que haja algum objetivo escondido que não consigo alcançar.


Assinaturas MDB