José Mário Leite

A GRÉCIA, A TROIKA E O BACILO DE KOCH

Durante o fim de semana de Carnaval tive de me dirigir, com um familiar, à urgência do Hospital de Santo António, no Porto. Depois de cinco horas de desesperante espera abandonámos as instalações hospitalares sem qualquer consulta! Não sei as razões para tão dilatado tempo de espera (havia muitos utentes, todos com pulseira amarela, com tempos de espera superiores a 10 horas e sem saberem quando poderiam ser atendidos). Observei, durante o tempo que ali estive as entradas e saídas e elas equivaliam-se.


INACREDITÁVEL!

A senhora Ministra da Justiça brindou-nos, esta semana, com mais uma das suas inacreditáveis afirmações. Desta vez, contudo, o caso é mais grave e mais sério.
A inefável governante teme seriamente que se o PS ganhar as próximas eleições deixe de haver separação de poderes. Depois de garantir que as escutas telefónicas abusivas e ilegais são uma realidade com que convive bem (limita-se a proteger-se delas falando ao telefone assumindo que o mesmo pode ser um gravador) não vejo que maior dislate poderia a responsável da justiça dizer. Por várias razões:


Ciclos: o novo e o velho

Em crónica publicada aqui no Mensageiro referi-me a uma experiência da investigadora Isabel Gordo. Nomedamente sobre o paralelismo eventualmente existente entre as regras da biologia e o comportamento social. Um almoço na esplanada da Cantina do IGC veio reavivar o tema, esclarecer alguns aspetos e comparar alguns exemplos. Agradou-me saber que a minha teoria, não despertando adesão entusiástica (porque haveria de o fazer?), também não era recusada nem totalmente contestada pelos comensais.


A rede e a inteligência

A Barragem do Baixo Sabor está pronta. A da Quinta das Laranjeiras e igualmente a que fez submergir a velhinha ponte da Portela. Ouvi falar na conclusão de um projeto. Nada mais errado. A produção elétrica ainda nem começou. E é para produzir energia que estes dois empreendimentos foram aqui implantados. Sequestrando aos nordestinos em geral e aos moncorvenses em particular, a sua água, o seu rio tal como o conheciam e sobretudo as suas margens, a sua paisagem, muito do seu património e ambiente.


A rede e a inteligência

A Barragem do Baixo Sabor está pronta. A da Quinta das Laranjeiras e igualmente a que fez submergir a velhinha ponte da Portela. Ouvi falar na conclusão de um projeto. Nada mais errado. A produção elétrica ainda nem começou. E é para produzir energia que estes dois empreendimentos foram aqui implantados. Sequestrando aos nordestinos em geral e aos moncorvenses em particular, a sua água, o seu rio tal como o conheciam e sobretudo as suas margens, a sua paisagem, muito do seu património e ambiente.


Realidade e ficção

Espaço 1999 era uma série televisiva de culto dos anos setenta. Não me lembro de perder nenhum episódio. Já antes desta havia uma outra, se a memória não me atraiçoa seria 2002 controle que me levava religiosamente ao Flórida, na Praça da Sé, todos os Sábados à noite para a ver, enquanto bebia, invariavelmente água das pedras com limão e açúcar. Ficava impressionado com a parafernália tecnológica apresentada.


O ouro e a velha

Em junho de 1974 eu tinha dezassete anos e pouco sabia de mim. Descia a rua Almirante Reis até à Praça da Sé e entrava no Chave d’Ouro para tomar café. O Ernesto acolhia-me com um estranho sorriso “Então meu velho?” e o Alcides atirava-me um aceno. No centro da mesa, aberto, o Mensageiro de Bragança a que familiramente nos referíamos apenas como O Mensageiro. Fazia nesse ano 34 anos de existência (o dobro da minha vida) mas para mim existia desde sempre. Desde que me conhecia.
 


Representatividade

Desde há muito que me questiono sobre a representatividade dos deputados na Assembleia da República. Diz a Constituição no seu número 2 do art. 152º que “Os Deputados representam todo o país e não os círculos por que são eleitos” e contudo estes são eleitos por círculos eleitorais em listas fechadas (não é possível um candidato numa lista substituir alguém de uma lista diferente).


Assinaturas MDB