José Mário Leite

Subsídio para suicídio

Neste início de férias em que o tempo cálido e ausente de notícias de relevo convida ao descanso e ligeireza, decidi partilhar com os leitores um episódio que apesar de estranho é verídico, estando devidamente registado e documentado no arquivo da correspondência da Fundação Calouste Gulbenkian. Corria o ano de  1987, Portugal tinha acabado de entrar para o Clube Europeu e os portugueses iniciavam-se numa arte que teria grandes e muitos aderentes: a obtenção de subsídio!


Big Data (Continuação)

Relativamente à minha última crónica sobre a proteção de dados pessoais foram levantadas duas questões aparentemente parecidas mas que, na realidade, não o são. Amigos comentaram que este é um problema e uma consequência da contemporaneidade. É a vida moderna que exige esta “exposição” para adequação à sociedade da informação. E, contudo, nem esta parafernália responde a desafios modernos, nem tão pouco a preocupação com este tema é de agora.
 


Big Data

Foram muitos os gregos que passaram, diariamente, por uma caixa multibanco, nos últimos dias. Sabemos isso pela observação das reportagens das televisões. De forma genérica e sem mais pormenores. Contudo há quem possa saber exatamente quem, quando e quanto dinheiro foi levantado seja isso relevante ou não. Esta informação que é privada e devia ser, como tal, protegida, sendo acessível, por meios humanos ou informáticos, levanta, obviamente, questões legais e éticas.


Pela nossa saúde

A Fundação Gulbenkian apresentou a seu tempo o relatório “Um Futuro para a Saúde”. O Conselho de Administração teve oportunidade de o discutir diretamente na Assembleia da República onde teve bom acolhimento apesar de algumas inexplicáveis divergências. É convicção que as principais conclusões e desafios serão, de uma forma ou de outra, integrados nos próximos programas eleitorais dado o contributo do referido documento para a necessária sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde. São três os principais desafios que a equipa do Professor Jorge Soares nos apresenta:


PICALSO (Contributo para uma pseudo teoria económica)

Germano Trancoso, abastado proprietário nordestino, desiludido com as aplicações bancárias (quem vier a ler a novela saberá porquê) seguiu o conselho de um amigo: resolveu investir em arte. Pegou em vários milhares de contos e comprou um quadro do Picasso. Era a aposta mais segura, garantiram-lhe. Inicialmente interregou-se frequentemente se aquela pintura de mulheres com rostos angulosos com narizes deformados, olhos fora do sítio e bocas exageradas justificavam todo aquele investimento. Rapidamente se tranquilizou.


FARDOS DE PALHA (Contributo para uma pseudo teoria económica)

Contrariamente ao que cheguei a recear, o meu amigo António gostou da minha crónica anterior. Tanto assim que me telefonou para reafirmar o acréscimo (modesto que seja) de riqueza patrimonial que efetivamente contabiliza desde a compra da velha charrua. Lembrou-me aliás uma conversa que tivémos em tempos, na taberna do Pataquim, sobre o tema da maior ou menor valia que um produto ou mercadoria pode ter.


PORTAS DE BRANDENBURGO

Ultimamente, quando se fala da Alemanha vem-nos logo à lembrança a sr.ª Merkel e o seu alter-ego para as finanças o inefável Schäuble. Contudo há uma realidade almã muito rica e diversa para lá da liderança europeia e da política financeira do motor económico da Europa. Foi este o tema do Fórum  Portugal-Alemanha do fim de Maio passado: trazer à colação outros temas ou outras visões sobre os temas tradicionais.
 


Assinaturas MDB