JOSÉ SÓCRATES Da convicção à (in)certeza
Quando o antigo líder do PS foi preso e acusado, pensei seriamente que ele seria culpado. Eu e a maioria dos que assistiram, atónitos, à detenção, quase em direto, do ex-primeiro ministro. Não passaria pela cabeça de ninguém que o Ministério Público promovesse uma ação daquela envergadura e repercussão sem ter razões sólidas e muitíssimo bem fundadas. A minha indignação deveu-se ao modo humilhante com que o assunto foi tratado, mas imputei o exagero à comunicação social ávida de notícias e fenómenos bombásticos que lhe garantam venda de papel e suporte adequado de audiências.