José Mário Leite

INACREDITÁVEL!

A senhora Ministra da Justiça brindou-nos, esta semana, com mais uma das suas inacreditáveis afirmações. Desta vez, contudo, o caso é mais grave e mais sério.
A inefável governante teme seriamente que se o PS ganhar as próximas eleições deixe de haver separação de poderes. Depois de garantir que as escutas telefónicas abusivas e ilegais são uma realidade com que convive bem (limita-se a proteger-se delas falando ao telefone assumindo que o mesmo pode ser um gravador) não vejo que maior dislate poderia a responsável da justiça dizer. Por várias razões:


Ciclos: o novo e o velho

Em crónica publicada aqui no Mensageiro referi-me a uma experiência da investigadora Isabel Gordo. Nomedamente sobre o paralelismo eventualmente existente entre as regras da biologia e o comportamento social. Um almoço na esplanada da Cantina do IGC veio reavivar o tema, esclarecer alguns aspetos e comparar alguns exemplos. Agradou-me saber que a minha teoria, não despertando adesão entusiástica (porque haveria de o fazer?), também não era recusada nem totalmente contestada pelos comensais.


A rede e a inteligência

A Barragem do Baixo Sabor está pronta. A da Quinta das Laranjeiras e igualmente a que fez submergir a velhinha ponte da Portela. Ouvi falar na conclusão de um projeto. Nada mais errado. A produção elétrica ainda nem começou. E é para produzir energia que estes dois empreendimentos foram aqui implantados. Sequestrando aos nordestinos em geral e aos moncorvenses em particular, a sua água, o seu rio tal como o conheciam e sobretudo as suas margens, a sua paisagem, muito do seu património e ambiente.


A rede e a inteligência

A Barragem do Baixo Sabor está pronta. A da Quinta das Laranjeiras e igualmente a que fez submergir a velhinha ponte da Portela. Ouvi falar na conclusão de um projeto. Nada mais errado. A produção elétrica ainda nem começou. E é para produzir energia que estes dois empreendimentos foram aqui implantados. Sequestrando aos nordestinos em geral e aos moncorvenses em particular, a sua água, o seu rio tal como o conheciam e sobretudo as suas margens, a sua paisagem, muito do seu património e ambiente.


Realidade e ficção

Espaço 1999 era uma série televisiva de culto dos anos setenta. Não me lembro de perder nenhum episódio. Já antes desta havia uma outra, se a memória não me atraiçoa seria 2002 controle que me levava religiosamente ao Flórida, na Praça da Sé, todos os Sábados à noite para a ver, enquanto bebia, invariavelmente água das pedras com limão e açúcar. Ficava impressionado com a parafernália tecnológica apresentada.


O ouro e a velha

Em junho de 1974 eu tinha dezassete anos e pouco sabia de mim. Descia a rua Almirante Reis até à Praça da Sé e entrava no Chave d’Ouro para tomar café. O Ernesto acolhia-me com um estranho sorriso “Então meu velho?” e o Alcides atirava-me um aceno. No centro da mesa, aberto, o Mensageiro de Bragança a que familiramente nos referíamos apenas como O Mensageiro. Fazia nesse ano 34 anos de existência (o dobro da minha vida) mas para mim existia desde sempre. Desde que me conhecia.
 


Representatividade

Desde há muito que me questiono sobre a representatividade dos deputados na Assembleia da República. Diz a Constituição no seu número 2 do art. 152º que “Os Deputados representam todo o país e não os círculos por que são eleitos” e contudo estes são eleitos por círculos eleitorais em listas fechadas (não é possível um candidato numa lista substituir alguém de uma lista diferente).


Assinaturas MDB