Henrique Ferreira

Professor

Três notas breves

Três assuntos dominaram, a meu ver, a semana passada: 1) o incremento da chegada de migrantes e refugiados à Europa, via Mar Mediterrâneo e região a norte da Grécia; 2) o tratamento diferenciado de escolas com base na avaliação que lhes foi feita; e, 3) o incremento de contratos de associação entre Estado, via Ministério da Educação, e escolas do Ensino Particular e Cooperativo, ou seja, ensino não-estatal, agora também quase estatizado, por via desses contratos.


A inutilidade do voto em branco

Apesar de as próximas eleições legislativas estarem reduzidas à escolha entre a Coligação PAF (Portugal à Frente, constituída pelo PSD e pelo CDS) e o PS, para constituir Governo, afigura-se inútil votar em branco porque o voto em branco apenas reflecte a atitude de quem assim vota (não saber em quem votar ou protesto) mas antes é distribuído, em percentagem dos votos recolhidos por cada candidatura, pelas diferentes candidaturas em disputa eleitoral. Como assim?


A festa das visitas pastorais

O Reverendíssimo Senhor Bispo Dom José Cordeiro, actual Bispo da Diocese de Bragança-Miranda prometeu e vem cumprindo a visita pastoral a cada uma das 334 paróquias da sua Diocese, organizadas em unidades pastorais. Entre os passados dias 5 e 11, coube a vez às gentes da Unidade Pastoral 10B de Macedo de Cavaleiros e, no dia 10, à Freguesia de Olmos, agregando as localidades de Olmos e Malta.


A incógnita grega

A Grécia caminha para o colapso, dizem uns. Tudo se há-de resolver com maior ou menor dificuldade porque a Grécia não pode sair do sistema monetário do «euro», dizem outros. Tenderia a concordar com os últimos se, na mesa das negociações, estivessem pessoas normais.
Este artigo está ser escrito em 28 de Junho, às 22h00. Quando chegar aos leitores, no dia 2 de Julho, quase todos os pressupostos do seu conteúdo podem estar alterados porque estamos perante um problema que evolui rapidamente.


Notas Soltas

Rio Fervença imundo, às vezes. Recentemente, no início de uma bela tarde de sol, propus-me fruir os encantos das obras do Pólis, entre o Jardim António José de Almeida e a Flor da Ponte, em Bragança. Mal cheguei, perdi o encanto todo porque o Fervença estava imundo mais parecendo que tinham descarregado nele toda a imundície de Bragança. Já por lá andei outras vezes e o local, apesar das suas limitações, até é agradável. Por que é que isto acontece de vez em quando? É preciso resolvê-lo, seja qual for a causa. É urgente!


Muita conversa, poucas soluções

Os assuntos dominantes nos últimos tempos têm sido a recuperação da economia, a crise demográfica e a crise do financiamento da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações. Curiosamente, o emprego para os jovens continua a ser esquecido e, como veremos, ele deveria ser o principal objecto de preocupações de longo prazo porque, sem esse emprego, não haverá Estado Social. Percorramos um pouco estes quatro tópicos.


A ilusão da liberdade

Em Portugal, o dia 25 de Abril tem, desde 1974, e para pelo menos dois terços dos portugueses e das portuguesas, um significado especial: é o dia em que recuperámos a liberdade. Que palavra é essa que, afinal, tanto é usada em sociedades autoritárias como em sociedades democráticas? É uma palavra metafórica, que pode ser ressemantizada, isto é, ter outros significados, conforme os contextos, conforme a história das pessoas e das sociedades e conforme a vontade e consciência de quem a usa? Claro que sim.


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