A opinião de ...

Desejos e realidades

A conceituada The Economist tal como milhões de pessoas e milhares de revistas do género estão preocupadas com o futuro, por assim ser dedicam tempo e estudo de forma a fundamentarem previsões acerca desse mesmo futuro, porque se o futuro pertence a Deus, crentes e não crentes acham acertado, tal como os milenaristas e gente de todas as épocas, escolas filosóficas, crenças, sem esquecer os charlatães de vários graus e nichos de mercado se não têm possibilidades de enunciarem as linhas mestras do porvir, gostariam de ficar na História na galeria dos grandes visionários, penso no português Bandarra sapateiro de Trancoso e/ou em Júlio Verne acompanhado por o combatente brigadista George Orwell.
O nosso futuro, na minha perspectiva, para lá da urgência na erradicação da pandemia, passa pelo urgente revigoramento das Instituições picares do regime, o orgulho de sermos nós próprios, sem hipocrisias, a convivermos com a nossa História eivada de despropósitos e repleta de actos, feitos e acções que no decurso de 900 anos contribuiu para o progresso científico, técnico e cultural da Humanidade onde os valores civilizacionais também ganharam virtude com os contributos dos portugueses de ontem, hoje e assim será no futuro.
Eu sei que na era do relâmpago informático lembrar figuras de relevo nas áreas acima referidas passa por toleima, no entanto, há um largo rol de nossos concidadãos que em todas as épocas pensaram Portugal e o Mundo, sem lisonjas ou papas de engana tolos. Há meses morreu o filósofo Eduardo Lourenço, há centenas de anos também morreram os Humanistas do Renascimento, antes foi o passamento de João das Regras (das Regras…), todos esses e muitos outros pensaram o futuro e, certamente, construíram desejos. Uns realizaram-se, outros não. Vamos continuar a pensar, a desejar. O devir histórico nos julgará!

Edição
3827

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