Aprovadas 50 largadas contra a vespa do castanheiro no distrito de Bragança mas produtores temem que sejam poucas
Foram aprovadas 50 largadas do parasitóide que combate a vespa da galha do castanheiro no distrito de Bragança. No entanto, há produtores que receio de que sejam poucas e que a vespa ganhe terreno este ano.
É o caso de Nuno Diz, produtor de castanhas na aldeia do Parâmio, uma das mais afetadas este ano. “Do que tenho visto, a taxa de ataque da vespa da galha do castanheiro tem sido muito mais forte este ano que no anterior. Não era expectável uma vez que já estão a ser feitas largadas aqui há cerca de seis anos, portanto os parasitóides já devia ter um efeito muito maior sobre a redução desta praga”, apontou.
Nuno Diz lamenta que este setor tenha sido continuamente afetado por problemas. “Tem sido usual todos os anos uma praga assolar a produção de castanha tem sido a septoriose, o bichado, a podridão agora este ano parece que o grande problema da castanha será a vespa da galha do castanheiro, que irá prejudicar em muito a produção de castanha. Esperamos que haja um apoio muito maior das entidades competentes nesta área tendo em vista a fortalecer o combate a esta praga por forma a minimizar os estragos e prejuízos na produção que temos anualmente”, sublinhou.
Para dar conta do que tem sido feito neste particular, a Câmara de Bragança promoveu, na segunda-feira, uma reunião com os presidentes de junta de freguesia do concelho e com Albino Bento, do Centro de Competências dos Frutos Secos, que tem sido responsável pelas largadas do parasitóide no Nordeste Transmontano.
Ao Mensageiro, Albino Bento disse acreditar que o número de largadas previstas são “suficientes”.
“Há dois ou três locais em que temos a presença de vespa, como o Parâmio e uma ou outra aldeia. Mas, em geral, não se veem praticamente galhas. Ainda na semana passada estivemos a fazer largadas em Parada e tivemos de correr vários soutos para se conseguir encontrar um em que existissem galhas em quantidade para que se pudesse fazer a largada.
Muitos dos locais têm a situação controlada mas há uma aldeia ou outra em que temos uma quantidade de vespa com significado”, disse.
O mesmo responsável indica que a situação é similar em todo o país.
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