Bragança

Comerciantes queixam-se de fecho de passagem entre prédios

Publicado por AGR em Qui, 2023-05-04 11:36

Vários comerciantes da zona da rotunda do Lavrador (vulgo rotunda dos touros), em Bragança, queixam-se do encerramento de uma passagem ali existente que permitia o acesso à praceta nas traseiras dos prédios e onde se situa a maior parte do estacionamento disponível naquela zona.

O condomínio do prédio decidiu colocar uma porta com fechadura no local e impedir a passagem de todos aqueles que não sejam moradores.

Os comerciantes argumentam que a passagem existe desde a construção do prédio, sublinham que era uma passagem pública e o seu encerramento não trará qualquer vantagem aos moradores, pois mantém-se aberta na frente do prédio. Assim, servirá apenas para afetar os colaboradores das empresas daquela zona e afastar os clientes.

“Traz algum desagrado e pode refletir-se no dia a dia. Na parte da frente as pessoas não têm onde estacionar, só na parte de trás. Deixam de ter acesso e causa transtorno porque obriga a dar uma volta de mais de 500 metros. Vai afastar clientes”, garante Sérgio Pais, proprietário de um restaurante, que também serve refeições para fora.

“Estamos aqui há mais de oito anos e nunca se ouviu falar em atos de vandalismo ou assaltos. Até porque a parte da frente continua aberta, por isso não traz benefício nenhum. É um preciosismo. A Câmara não terá verificado impacto nas lojas”, frisou.

Também João Paulo Gomes, de uma loja de móveis, admite transtornos. “A noção que tínhamos é que a passagem foi feita para permitir às pessoas circularem sem terem de dar a volta à avenida.

No tempo em que estou aqui, nunca houve grandes distúrbios ou lixo. A nós facilitava-nos bastante porque a rotunda não é lugar de estacionamento. Quem o faz está em infração. [A passagem] dá jeito para clientes mas também colaboradores das empresas da área.

Não prejudicávamos ninguém nem danificávamos nada”, garante. Sónia Rodrigues é uma das clientes que se vê afetada. “Causa um grande constrangimento. Não percebo como incomodamos os moradores só pelo facto de descermos aquelas escadas”, queixa-se.

O Mensageiro contactou, por escrito, a administração do condomínio do prédio e a autarquia brigantina mas, até ao fecho desta edição, não recebeu qualquer resposta de nenhuma das partes.

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