Nordeste Transmontano

Distrito de Bragança recupera no número de nascimentos no primeiro trimestre

Publicado por António G. Rodrigues em Seg, 2023-04-17 11:39

O distrito de Bragança teve este ano, no primeiro trimestre, mais 23 por cento de nascimentos do que em igual período do ano passado, revelou esta semana o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA). Os dados são relativos aos testes do pezinho efetuados em cada distrito.

Assim, nos primeiros três meses de 2023 realizaram-se 163 testes contra os 132 realizados no primeiro trimestre de 2022, avançou o INSA.

Estes números representam uma subida de 23 por cento.

Ao todo, no primeiro trimestre de 2023, foram estudados 21.065 recém-nascidos no âmbito do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética do seu Departamento de Genética Humana. Comparando com igual período do ano passado, realizaram-se mais 1.437 “testes do pezinho” (19.628) em todo o país.

Ainda assim, Bragança continua a ser o segundo pior distrito, apenas à frente de Portalegre, que registou 121 recém-nascidos estudados, e atrás da Guarda, que teve 167.
De acordo com os dados do PNRN relativos aos primeiros três meses de 2023, observa-se que o maior número de bebés rastreados nasceram nos distritos de Lisboa e do Porto, com 6.251 e 3.799 testes efetuados, respetivamente, seguidos de Setúbal, com 1.746, e Braga, com 1.520. Por outro lado, Portalegre (121), Bragança (163) e Guarda (167) foram os distritos com menos recém-nascidos estudados.

O PNRN realiza, desde 1979, testes de rastreio de algumas doenças graves, em todos os recém-nascidos, o chamado “teste do pezinho”. Este exame é efetuado através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança e permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar atraso mental, alterações neurológicas graves, alterações hepáticas ou até situações de coma.

O exame deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia de vida do recém-nascido, porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores existentes do sangue do bebé podem não ter valor diagnóstico e após o sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade, havendo o risco de atrasar o início do tratamento.

Em 2022, Bragança, com 132, ocupava a última posição, atrás de Guarda (135), Portalegre (147) e Vila Real (220).

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