PSP recebeu estagiárias do IPB pela primeira vez e vai criar guia para as vítimas e roteiro
Este ano, e pela primeira vez, a PSP de Bragança acolheu dois estágios do Instituto Politécnico de Bragança, em Educação Social, que têm ajudado os agentes a lidar com situações de emergência social e de apoio às vítimas.
Catarina Cardoso, natural de Vila Nova de Gaia, e Joana Amaro, de Rebordelo (Vinhais) estão a concluir a sua formação e têm integrado os programas especiais da Polícia.
Catarina Cardoso integrou o apoio ao idoso e Joana Amaro integrou o programa de Violência Doméstica.
Catarina Cardoso tem desenvolvido um trabalho “à volta da necessidade de um educador social trabalhar conjuntamente com um agente de polícia para fazer a ponte da rede”, explicou. Para isso vai fazer um roteiro com as instituições que podem ajudar a PSP a dar uma melhor resposta aos casos sociais e não do âmbito da polícia e um Manual de atuação que os agentes devem ter em determinadas situações.
Por sua vez, Joana Amaro está a criar um guia de autoajuda à vítima, “que por vezes apresenta dúvidas relativamente ao expediente que lhe é dado e não tem ideia da razão de levar tanto papel”.
“Há muitas coisas a melhorar porque a PSP acaba por fazer mais a parte social e o roteiro vai ajudá-los. Também vou inserir um contacto direto e imediato, porque às vezes liga-se para a Segurança Social e eles não atendem. Chama-se Roteiro SOS – Segurança, Orientações e Soluções”, explicou.
Joana Amaro desenvolveu “um guia de autoajuda para a vítima de violência doméstica”. “Ficam sem saber o que fazer a seguir depois de fazerem queixa. O meu guia é baseado numa pergunta – “fiz queixa, e agora?” – em que temos resposta, com uma linguagem facilitada. Se tiverem mais dúvidas, têm lá um número para contactar a PSP”, explicou.
As duas estiveram numa ação de sensibilização junto dos estudantes durante a semana académica de Bragança. “Os agentes fazem muita coisa e ajudam muito a sociedade, não é só multas. Queremos que os estudantes percebam o que eles fazem. Damos pequenos brindes. Fiz uns porta-chaves da polícia e a Joana fez QR codes, onde aparecem conselhos sobre o que fazer quando se sentem em perigo, e o número atualizado da polícia”, explicou Catarina Cardoso. Joana Amaro também fez um outdoor sobre violência no namoro. “Espero sensibilizar para isso, também com a distribuição de preservativos femininos e masculinos”, explicou.
