(continuação da edição anterior)
A opinião de ...
Não obstante se assinalar todos os anos, a Semana Nacional da Educação Cristã, proposta da Igreja católica em Portugal, que decorre este ano de 06 até ao próximo dia 13 de outubro, não tem tido, a meu ver, grande repercussão.
Não que a intencionalidade e a mensagem propostas não sejam claras, pertinentes e diria até, bastante atuais, face ao que inclusive nos é dado a viver ao dia de hoje, mas que talvez a razão de tal, seja pelo simples facto de que não há propriamente propensão generalizada, em exercício de liberdade, para eminentes reflexões.
A crise é sempre um processo de mudança, de saída de si mesmo; é ir para mais longe e ver de forma ampla e mais larga. E é pela via do sofrimento, pela via da disciplina que a crise suscita em cada um de nós a força que nos impulsiona e nos motiva para uma mudança assertiva e contundente, para uma transformação em ordem a um bem maior e a um bem-estar mais pleno e apaziguante.
Na década de 1990, João Aguardela e o seu grupo Sitiados cantava uma ode ao soldado.
“Ai, esta eterna guerra
Ai, que me obriga a ser soldado
Já vejo a bandeira erguida
Já sinto a dor companheira
Ai, neste mar fico tão só
Por este mar
Liberdade onde vais?
Liberdade onde cais?
Esta luta é por te amar
(...)”
Desta beç esta Pruma nun ampeça cun ua fraze de naide. Ampeça cun un título. L oureginal, an eitaliano, ye este: “Viva el latino. Storie E Belleza Di una Lingua Inutile”. Nun serie preciso ler l lhibro para antender que se trata d’un zafio, ua spécie de ferronada que l outor, professor de l’Ounibersidade d’Oxford, mos dá para que mos deiamos de cunta de l balor de l lhatin, ua lhéngua que se cunsidera muorta, que yá pouco se studa i que muitos cunsidéran que nun sirbe para nada.
É assim, e com todas as letras, que as gentes das nossas terras se expressam na demora dos casos importantes de interesse comum, como o da aprovação do Orçamento de Estado para 2025, manifestam o seu desagrado e a sua repulsa sempre que se apercebem que, sem qualquer explicação, as coisas se arrastam para além do desejável, e que os responsáveis pela demora, se preocupam com tudo menos com os interesses das pessoas e do país no seu todo.
(continuação da edição anterior)
Nunca se falou tanto de linhas vermelhas como agora.
Durante uma longa viagem de autocarro de Lisboa a Bragança, logo após o 25 de abril de 1974, vinham dois tolos em figura de gente a depreciar os Transmontanos: “são uns atrasados”. Á sua frente um jovem nordestino encapelava-se, preparando-se para lhes responder, quando alguém lhe sussurra ao ouvido: “não respondas ao louco segundo a sua loucura, para que não te faças semelhante a ele [Prov. 26, 4].
Quando se discutem mudanças, a resistência é uma constante. É natural. O Ser Humano é avesso à mudança, mesmo quando mudar é positivo e necessário para evoluir e a situação se adaptar aos novos tempos.
No entanto, a primeira reação à mudança é sempre de resistência.
Isso leva a que, muitas vezes, as mudanças, necessárias, acabem por ser mais impositivas do que naturais. E, depois, dá-se o caso de, muitas vezes, as mudanças serem provocadas pela fatalidade.
Veja-se a área da saúde ou da educação.
Situada na orla nascente e fronteiriça do concelho, distante 23 km de Bragança, contornada pelo ribeiro do Escuredo, a aldeia da Réfega pertence à freguesia de Quintanilha, juntamente com a localidade de Veigas. O povoado é de origens pré-romanas, referenciando o Abade de Baçal um pequeno castro “adiante da povoação, ao lado esquerdo da Espanha”. Na Idade Média teve presença dos Templários, instalados durante os séculos XII-XIII em comenda fortificada na vila leonesa de Alcañices.
QUESTÃO-“… não pagamento do reembolso do I.R.S. aos contribuintes…”
RESPOSTA-(elaborada em 15/09/24) Não obstante a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) ter prazos bem definidos na Lei, para pagamento aos contribuintes do reembolso do I.R.S. a que eventualmente tenham direito, se não o fizer, fica legalmente obrigada a pagar os respetivos juros compensatórios.
Nem todos os portugueses sabem que JOÃO XXI, foi o único Papa português, (até aos nossos dias…). Este Papa, conhecido por “Pedro Hispano”, foi o 187° Papa da Igreja Católica. Mas quem foi João XXI? :“Nascido sob o nome de Pedro Julião, conhecido por Pedro Hispano nos meios intelectuais e académicos do seu tempo, o homem que adoptou o nome apostólico de João XXI (1276-1277) continua a ser o único português a figurar na longa galeria de sumos pontífices da Igreja Católica Apostólica Romana”.
Enquanto desfolhava o “Manual de crimes urbanísticos” do Arq. Luís Rodrigues pensava na requalificação do Monte São Bartolomeu. Requalificar e dignificar os espaços urbanísticos de uma cidade é tarefa, segundo este autor, de cada um de nós. Ou como dizia o Presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy [1917-1963]:‘’não perguntes o que a tua pátria pode fazer por ti. Pergunta o que tu podes fazer por ela’’.
No período de 5 de agosto até 12 agosto desse mesmo ano 2024 tivemos o prazer de recordar a nossa presença em serviço na unidade em epígrafe , onde estivemos colocados desde Fevereiro de 1969 até Fevereiro de 1974 após uma missão de soberania na então província ultramarina de Moçambique. É evidente que a Base Aérea daquele tempo tinha um movimento que um dever de memória.
Abril 2024
O que eu vi.
Não é uma herdade alentejana, é uma aldeia que não deixa indiferente quem vá lá.
Tem 3 casas habitadas, 8 moradores e 2 crianças.
O Estado abandonou-os totalmente. Nem sequer sabe que existe e que lá vivem criaturas de Deus.
Não tem acessos como qualquer outra aldeia. Tem um caminho de terra batida para Negreda e outro para as Falgueiras.
Não tem Igreja. Tem apenas um nicho aonde o pároco, nem cabe para se paramentar, mas aonde celebra missa.
Para uma parte cada vez maior e mais representativa da vontade dos portugueses, é cada vez mais difícil de entender, e muito mais ainda de justificar e de aceitar, a maneira leviana, simplista e totalmente descontextualizada da realidade atual do nosso país, como uma percentagem, não despicienda, da atual classe política instalada nas mais diversas áreas do poder e da administração pública, com todas as condições para continuar a crescer exponencialmente, se posiciona perante as muitas dificuldades da vida das pessoas e os enormes desafios com que, nos tempos mais próximos, o país real ir
Parece que tinha de acontecer. E mesmo parecendo que tinha de acontecer, de facto, aconteceu. Os incêndios, neste país, amplamente divulgados e penosamente suportados, atraíram telespetadores, radio-ouvintes e leitores. Provocaram mortos e feridos, lamentações, perdas, movimentações, exclamações, desânimo, discussões, e comentários, durante mais do que o fim-de-semana recentemente passado. Hoje, 22 de setembro de 2024, ainda fere a nossa vista tudo quanto nos mostraram, tudo quanto lemos, bem como os nossos ouvidos ainda sofrem por tudo quanto ouvimos.
O ser humano é um ser de tempo e do tempo, ser da natureza e ser pensante, de espiritualidade e de interlocução, que vive bastas vezes além do outono, estação, o seu próprio outono, em exortação à interioridade, um estado de alma.