Mudanças em perspetiva
Nos últimos dias, ficou mais ou menos evidente que haverá mudança no ciclo de poder no concelho de Bragança mais cedo do que o esperado. O presidente da Câmara, Hernâni Dias, deverá mesmo integrar a lista de deputados do PSD candidatados pelo distrito de Bragança nas próximas Legislativas de 10 de março.
De acordo com o jornal Público, os sociais-democratas aprovaram, na quarta-feira passada, os critérios para a elaboração das listas de candidatos a deputados à Assembleia da República e, de acordo com a deliberação da comissão política nacional, vão excluir das suas listas quem tenha sido “condenado em primeira instância, pronunciado”, ou sobre quem haja “indício” da prática de crime contra o Estado.
Por outro lado, vão incluir presidentes de câmara em exercício de funções e vereadores em regime de não-permanência, com ou sem pelouro atribuído.
Assim, ganha cada vez mais força a possibilidade de Hernâni Dias, que está no seu terceiro mandato como autarca de Bragança e não se poderá recandidatar, ser o cabeça de lista do PSD, ele que é o presidente da Distrital laranja. Até porque Adão Silva já disse por várias vezes que se vai reformar e, portanto, retira-se desta guerra.
Por outro lado, Jorge Fidalgo, de Vimioso, vê o seu percurso obstruído por um processo em que é arguido após uma queixa da... oposição.
Já Nuno Gonçalves, presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, que também está em final de mandato, poderá sero número dois, havendo a possibilidade de Sandra Moura, líder da concelhia de Mogadouro do PSD, ser a número três.
Óscar Afonso, presidente da Assembleia Municipal de Miranda do Douro e diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, deverá ficar resguardado para a possibilidade de os sociais-democratas virem a ganhar as eleições e ser chmado ao Governo nessa altura.
Assim, Paulo Xavier, que há dois anos perdeu o lugar de deputado por apenas 12 votos, deverá herdar a presidência da Câmara de Bragança, já que é o número dois da autarquia. E, assim sendo, dificilmente deixará de ser o candidato do PSD dentro de dois anos.
Portanto, a demissão de António Costa fez mexer uma série de peças de dominó que irão interferir com o dia a dia dos cidadãos do Nordeste Transmontano.
Já nas hostes do PS reina ainda a indefinição, enquanto o líder não ficar definido.
De qualquer das formas, Sobrinho Teixeira continua a ser o nome preferido entre muitos militantes para encabeçar a lista pelo distrito, enquanto Berta Nunes, que foi a segunda da lista há dois anos, poderá optar pela reforma, por já atingir a idade que lhe permite aposentar-se.
