A opinião de ...

Recomeços

Com a entrada num novo ano, o de 2024 da nossa Era, fazem-se balanços e apontam-se caminhos. Muitos fazem resoluções, mais como bengala psicológica do que como caminho de facto a seguir (quantas vezes decidiu perder peso, fazer uma alimentação mais saudável ou ler ‘aquele’ livro?).
Na missa de Natal, o Papa Francisco lembrava que “dizer sim ao Príncipe da paz é dizer não à guerra, à própria lógica da guerra e a todas as guerras”.
Dois conflitos marcam a entrada no novo ano, com os olhos postos em Israel e Palestina, sendo que não é possível desviar ainda o olhar da Ucrânia e da Rússia, que caminha para o segundo aniversário do conflito.
O impasse nas ajudas previstas pelos Estados Unidos vai marcar a campanha de um dos atos eleitorais mais importantes a nível mundial em 2024, precisamente as eleições americanas, com o espetro do regresso de Donald Trump ao poder e o que isso significaria para as aspirações de Vladimir Putin.
Por cá, mais do que as eleições Europeias, na primavera, são as eleições legislativas de 10 de março que irão marcar a atualidade política (esperamos nós pois, caso contrário, seria mau sinal se outro acontecimento político, como novas eleições, se sobrepusesse a este).
Dificilmente um partido sairá das Legislativas com maioria absoluta. Resta saber para que lado penderá a vitória, se para a Esquerda, se para a Direita, onde o Chega ameaça fazer o papel de Joker.
Umas eleições que, como já aqui se escreveu, deverão ter impacto também na política local, com pelo menos dois atuais presidentes de Câmara a terem perspetivas de trocar as autarquias pela Assembleia da República.
Certo é que o ano de 2024 vai ser, forçosamente, de mudanças na região e na vida dos cidadãos.
Só a perspetiva de um Campeonato Europeu de futebol positivo para as cores lusas poderá elevar os ânimos e fazer esquecer a sucessão de crises políticas.
As comemorações dos 50 anos do 25 de abril serão outro dos pontos altos do ano em termos mediáticos mas estou em crer que as discussões sobre liberdades, liberdade de expressão e ideias do género se esgotem a partir do dia 26…
Aqui, no Mensageiro, que acaba de completar 84 anos de existência na passada segunda-feira, primeiro dia do ano, aquilo que prometemos é continuar a acompanhar tudo aquilo que de relevante for acontecendo na região, no Nordeste Transmontano. É assim há 84 anos e é assim que irá continuar a ser. Com a ajuda de Deus.

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