José Mário Leite

Sessenta mil!

Não havia como contestá-lo. Estava claro, explícito e devidamente quantificado na notícia do “Mensageiro de Bragança”, assinada pelo jornalista Francisco Pinto, citando fontes da autarquia: a Feira Medieval de Torre de Moncorvo trouxe 60.000 visitantes aquela vila transmontana!
Sessenta mil! Mais coisa, menos coisa!


Zero

A taxa zero do IVA será aplicada a um conjunto limitado de produtos alimentares de primeira necessidade, ou seja será um subgrupo do conjunto de mercadorias já contemplado com a taxa reduzida de 6%. Será, portanto, se refletida na totalidade, no preço final, um ganho pequeno. Seis euros em cada cem!


Aeroporto? Qual aeroporto?

Normalmente, de pouco serve ter razão antes do tempo, a não ser uma satisfação por ver reconhecida a sua clarividência e capacidade de antevisão, também por quem, anteriormente, a tinha contestado. É verdade que de pouco adianta vir dizer “isso já eu tinha dito, recomendado ou antecipado há muito tempo” mas também não há mal nenhum em recordá-lo e, com razão, reclamar mais atenção, para futuras “recomendações”.


Inflação? Que inflação?

Qualquer leigo na matéria que leia de forma leve e descontraída os primeiros capítulos de “A Riqueza das Nações” de Adam Smith ou, melhor, assista a uma aula de introdução à economia pelo Professor da Universidade Católica, João César das Neves entenderá que os princípios das relações económicas são, na sua génese, simples. Alguém tem ou produz um bem que outrem pretende, acordam o valor, o comprador paga e a transação efetua-se. O preço justo, em mercado aberto e livre, resulta do ajustamento entre as curvas da oferta e da procura.


A Última Academia 3 – O Assalto ao Liceu

Em 1973 líamos o novíssimo Expresso que o Alcides trazia para o Chave D’Ouro, a embrulhar “A Funda” do Artur Portela Filho, comprávamos na Mário Péricles livros “raros” que partilhávamos, emocionávamo-nos com “O Lodo e as Estrelas” do padre Ferraz e ouvíamos, em ambiente reservado, Zeca e Adriano. No Liceu, calhou-nos em sorte, como professor de Religião e Moral, o padre Ferreira de quem se diria, mais tarde, ter em igual consideração e de leitura diária a Bíblia e o Capital de Karl Marx.


A Última Academia 1- O Início

Recebi, de uma prestigiada agremiação literária, um convite para escrever sobre a liberdade, por ocasião da celebração dos 50 anos do 25 de abril de 1974, reportando-me àquela data. Lembrei-me, de imediato, da Academia, a que pertenci, no seu último mandato, e que tendo sido eleita no final do ano letivo em 1972/73, teve a sua génese vários meses antes.


Assinaturas MDB