José Mário Leite
RAVENA E O MOTOR MONOFÁSICO
Numa das suas ficções, Jorge Luis Borges fala-nos de Droctulf, um guerreiro lombardo que participou na invasão de Ravena, integrado no exército germânico. O bárbaro, depois de arrasar várias povoações italianas ao transpor as muralhas da cidade deslumbrou-se de tal forma com a beleza do que viu e contemplou que mudou de “trincheira” e morreu a defendê-la dos que com ele inicialmente a atacaram.
Tal como os cavaleiros mongóis que acabaram por envelhecer nas cidades chinesas que pretendiam destruir para que nelas fosse feita uma gigantesca área de pastoreio.
RECICLARTE (VIOLINOS DE LATA)
No passado dia sete de Setembro foi anunciado e entregue mais um Prémio António Champalimaud de Visão no magnífico anfiteatro da Fundação que tem o seu nome, com a presença e patrocínio do Presidente da República.
CULTURA POR CAUSA CULTURA POR ACASO
A dramática morte de Amadeu Ferreira conduziu à convocação de eleições para os corpos dirigentes da Academia de Letras de Trás-os-Montes a que presidia.
SUBSÍDIO PARA SUICÍDIO
Neste início de férias em que o tempo cálido e ausente de notícias de relevo convida ao descanso e ligeireza, decidi partilhar com os leitores um episódio que apesar de estranho é verídico, estando devidamente registado e documentado no arquivo da correspondência da Fundação Calouste Gulbenkian. Corria o ano de 1987, Portugal tinha acabado de entrar para o Clube Europeu e os portugueses iniciavam-se numa arte que teria grandes e muitos aderentes: a obtenção de subsídio!
Subsídio para suicídio
Neste início de férias em que o tempo cálido e ausente de notícias de relevo convida ao descanso e ligeireza, decidi partilhar com os leitores um episódio que apesar de estranho é verídico, estando devidamente registado e documentado no arquivo da correspondência da Fundação Calouste Gulbenkian. Corria o ano de 1987, Portugal tinha acabado de entrar para o Clube Europeu e os portugueses iniciavam-se numa arte que teria grandes e muitos aderentes: a obtenção de subsídio!
Big Data (Continuação)
Relativamente à minha última crónica sobre a proteção de dados pessoais foram levantadas duas questões aparentemente parecidas mas que, na realidade, não o são. Amigos comentaram que este é um problema e uma consequência da contemporaneidade. É a vida moderna que exige esta “exposição” para adequação à sociedade da informação. E, contudo, nem esta parafernália responde a desafios modernos, nem tão pouco a preocupação com este tema é de agora.
Big Data
Foram muitos os gregos que passaram, diariamente, por uma caixa multibanco, nos últimos dias. Sabemos isso pela observação das reportagens das televisões. De forma genérica e sem mais pormenores. Contudo há quem possa saber exatamente quem, quando e quanto dinheiro foi levantado seja isso relevante ou não. Esta informação que é privada e devia ser, como tal, protegida, sendo acessível, por meios humanos ou informáticos, levanta, obviamente, questões legais e éticas.
Pela nossa saúde
A Fundação Gulbenkian apresentou a seu tempo o relatório “Um Futuro para a Saúde”. O Conselho de Administração teve oportunidade de o discutir diretamente na Assembleia da República onde teve bom acolhimento apesar de algumas inexplicáveis divergências. É convicção que as principais conclusões e desafios serão, de uma forma ou de outra, integrados nos próximos programas eleitorais dado o contributo do referido documento para a necessária sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde. São três os principais desafios que a equipa do Professor Jorge Soares nos apresenta: