A opinião de ...

De Washington a Moscovo joga-se o destino de toda a humanidade

Foi pena que na recente gala para distribuição dos óscares do cinema, ninguém se tenha lembrado de incluir no rol, cada vez mais alargado, dos grandes candidatos a serem distinguidos com a icónica estatueta dourada dos óscares, a nova classe demagogos, regra geral gente fina e bem falante, especializada na arte de manipular notícias, lançar para o ar toda a espécie de calúnias e boatos, para denegrir a honra, o bom nome e a dignidade dos outros, tendo sempre como seu único e grande objetivo a satisfação dos seus caprichos, a concretização dos seus desejos e interesses, nem que para isso tenham de se fazer passar pelo que não são, nem nunca virão a ser.
Neste desfilar glamouroso das muitas figuras e figurões da política, a que o mundo vem assistindo nos últimos tempos, tem-se destacado pela negativa a figura inconfundível do palhaço grotesco, com cara de bêbado e olhar esgazeado, que dá pelo nome de Donald Trump o qual, para vergonha dos norte americanos e desgraça de toda a humanidade, desde o primeiro dia em que foi empossado como presidente dos Estados Unidos da América, se revelou como um ser velhaco, abjeto, narcisista e trapaceiro sem vergonha, que não respeita nada nem ninguém, como se ele fosse o rei do céu e da terra, o garante do futuro e do presente, e os destinos da humanidade se concentrassem à volta do seu umbigo.
Exemplo acabado e paradigmático do que é o carater de seres deste jaez e o perigo que representam para o mundo inteiro todos aspirantes a ditadores, ainda que eleitos em regimes republicanos e democráticos como o que prevalece hás séculos no país deste individuo e de outros pretensos donos de tudo isto, foi o vergonhoso espetáculo circense montado pela escumalha que apoia presidente Trump para receber o presidente Zelensky da Urânia na sala oval da Casa Branca, para assinar vários acordos de interesse os dois países, tendo como fim principal em vista criar condições para terminar a guerra da Ucrânia.
Ao contrário do que seria lógico esperar e contra tudo o que é normal acontecer no relacionamento institucional entre os países, para gáudio do crápula de Moscovo, o mundo assistiu atónico a um espetáculo indecoroso, ao vivo e em direto, que ultrapassou os níveis mais baixos da ordinarice de que há memória no relacionamento institucional entre os governantes do mundo civilizado, capaz de fazer corar de vergonha a maioria do povo americano, planeado para humilhar o presidente Zelensky perante a comunidade internacional, na sua qualidade de chefe de estado de um país independente, levado à cena pela escória de oportunistas escolhidos a dedo pelo próprio Trump.
É nas mãos desta gente que está o mundo que temos e o futuro que não conhecemos.

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