Torre de Moncorvo

Criadores da churra da Terra Quente transmontana apreensivos com futuro da raça

Publicado por Francisco Pinto em Qui, 2023-08-17 09:32

Os produtores de ovinos da Terra Quente transmontana mostram-se apreensivos com a perda anual de efetivo desta raça autóctone devido ao aumento dos fatores do preço dos fatores de produção e pelas consequências das alterações climáticas.
“A seca tem um grande impacto na alimentação e pastoreio dos animais, porque poucos são os alimentados à manjedoura. Esta é uma raça autóctone que se alimenta essencialmente das pastagens, este ano este tipo de alimento escasseia, o que leva os pastores a reduzirem o efetivo”, explicou Bruno Cordeiro, presidente do conselho de administração da Associação Nacional de Criadores de Ovino de Raça Churra da Terra Quente (ANCOTEQ), com sede em Torre de Moncorvo.
“Tenho 250 cabeças de gado ovino de raça churra e desde que me lembro este foi o pior ano para arranjar palha para dar aos animais. Já na vizinha Espanha também há pouca e a preços muito elevados. Não sei como vou conseguir alimentar o meu gado no inverno”, rematou.
A churra da terra quente é conhecida pela qualidade da sua carne e derivados do leite produtos que ostentam chancela de Denominação de Origem protegida (DOP) e que está circunscrita aos concelhos de Torre de Moncorvo, Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Mogadouro, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor e Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, e Vila Nova de Foz Côa, no distrito da Guarda.

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