Editorial - António Gonçalves Rodrigues

Agitar as águas

Há um ano, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, agitava as águas, lançando publicamente o debate sobre o financiamento da Comunicação Social. Durante estes 12 meses, alguns enfiaram a cabeça na areia, outros a viola no saco, enquanto o estado da Comunicação Social ficou mais perto do comatoso. Entretanto, alguns dos maiores grupos nacionais que operam nesta atividade, começaram a dar sinais de ruir. E, com eles, as fundações da democracia.


Sair para fora cá dentro

Não é nenhum slogan publicitário de um qualquer anúncio de turismo. Uma notícia recente do jornal Expresso dava conta de que o “preço das casas na cidade empurra procura para aldeias do interior”.
O fenómeno começa a alastrar-se ao interior profundo, não se limitando às grandes áreas metropolitanas. Em distritos como Guarda, Viseu ou Castelo Branco, o fenómeno é cada vez mais frequente. Mas no distrito de Bragança também.


Quem pode pagar o Estado Social e a ajuda aos mais necessitados

O distrito de Bragança, cujo território corresponde ao da diocese de Bragança-Miranda, tinha, em 2017, de acordo com o estudo sobre “A Importância Económica e Social das IPSS em Portugal”, encomendado pela Confederação das Instituições de Solidariedade (CNIS), 124 IPSS ativas, de vários âmbitos. Cerca de 80 são IPSS Canónicas.
As IPSS são Instituições Particulares de Solidariedade Social. Prestam à sociedade diversos serviços no cuidar, da infância à idade sénior, a pobres e a ricos, a quem necessita.


Pré-campanha

A menos de três meses das eleições legislativas, os partidos começam a divulgar os cabeças de lista pelo distrito. Se na CDU, sem surpresa, o candidato vem de fora (tem sido essa a nota dominante), o Aliança aposta na prata da casa, com Carlos Silvestre, que já integrou a lista às Europeias.


Portugal é mais do que o Terreiro do Paço ou uma história de superação

Digno de um filme. Vila Real acolheu, no passado fim de semana, a 50.ª edição do Circuito Internacional, um marco para todo Trás-os-Montes. Ao longo do fim de semana, por lá terão passado entre 150 a 200 mil pessoas. Mais do que as populações de cada um dos distrito, Bragança e Vila Real.
Mais do que apenas um evento para amantes dos automóveis, o evento deste ano deixa pelo menos duas lições a ter em conta.


Época pouco silly

Com as eleições legislativas marcadas para outubro, o verão promete ser quente. Os partidos afadigam-se em reuniões e contactos para elaborar as listas de candidatos a deputados.
Num distrito que elege apenas três, divididos tradicionalmente por apenas dois partidos, as esperanças de muitos são poucas. Os lugares da frente é que contam, pois abaixo do segundo, só com um fator especial (promoção de algum dos primeiros nomes para o Governo, por exemplo) é possível sonhar com o passaporte para a Assembleia da República.


Cuidar do planeta, a Casa de Deus

Em 2015, o Papa Francisco surpreendeu o mundo com a publicação da Encíclica Laudato Si, em que defendia a “conversão ecológica”.
Não era normal a Igreja dedicar atenção a assuntos tão ‘mundanos’ e que, aparentemente, são pouco ‘espirituais’.
Ultrapassado o choque inicial, a posição do Papa Francisco sobre a necessidade de todos nós e, sobretudo, os governantes, adotarmos medidas e comportamentos adequados à preservação da natureza e da conservação do planeta, casa comum, fez escola.


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