Editorial - António Gonçalves Rodrigues

No centro deve estar a pessoa

Doentes internados em refeitórios e casas de banho, por falta de vagas.
Uma grávida, em trabalho de parto, que tem de se dirigir, pelos próprios meios, a um segundo hospital, porque no primeiro já não havia vagas e são os próprios profissionais de saúde a sugerir a deslocação, sem providenciarem o transporte adequado.


A liberdade depois de Abril

New York Times. Um jornal de referência mundial. Um desenho publicado. Três dias depois, retirado. A história foi conhecida quatro dias depois do 25 de Abril… de 2019, não de 1974.

Abril fez-se em nome da Liberdade. De pensamento, de expressão. Soltar as amarras da imaginação e as mordaças da comunicação.

Mas 45 anos depois da Revolução dos Cravos, a revolução das redes sociais e do politicamente correto ameaça com novas formas de amordaçar a criatividade e as ideias.


Dois homens entram num lar...

Dois homens entram num bar... É o início ou de uma anedota ou de uma pegunta comum nas entrevistas de emprego.
A história continua.
Pedem dois copos de whisky, um com gelo e outro sem gelo. Um deles morre. Onde estava o veneno?
De acordo com o site Pordata, em 2017, Vimioso era o segundo concelho do país com a taxa de mortalidade mais elevada, 27,3 mortes por cada cem habitantes, apenas atrás de Alcoutim, no Algarve, com 36. Freixo de Espada à Cinta está nos 21,3 e Miranda do Douro nos 20,5.


“Cristo vive e quer-te vivo!”

O Vaticano publicou terça-feira a Exortação Apostólica pós-sinodal “Christus vivit” do Papa Francisco, assinada segunda-feira, 25 de março, na Santa Casa de Loreto, e dirigida “aos jovens e a todo o povo de Deus”.
Na análise que o site Vatican News fez do documento, composto por nove capítulos divididos em 299 parágrafos, o Papa explica que se deixou “inspirar pela riqueza das reflexões e diálogos do Sínodo dos jovens”, celebrado no Vaticano em outubro de 2018.


A dupla penalização das tragédias

A perda de vidas humanas, sobretudo em acidentes, é sempre uma tragédia. Aquela que vitimou dois brigantinos no sábado, com a queda de uma aeronave, ainda se reveste de um caráter de maior injustiça.
Não só pela perda irreparável da vida de dois “dos nossos”, cidadãos reconhecidos e admirados, mas também por colocar em causa um projeto solidário do Aeroclube de Bragança que pretendia ajudar mais de 80 instituições de solidariedade do distrito.


Representação e representatividade

Fatal como o destino, quando se aproximam eleições, sobretudo as legislativas, que escolhem a composição da Assembleia da República, surge a discussão sobre o número de deputados eleitos. Mais ainda, em tempo de crise, dando espaço, também, a muita demagogia e populismo
Atualmente, são 230 os deputados da Nação, três deles eleitos pelo distrito de Bragança, quando, até 2009, eram quatro. A culpa é do despovoamento e do abandono a que a região tem sido votada, nos mais variados aspetos.


Um passado para memória futura

Imaginemos que, num daqueles países de terceiro mundo um organismo encarregue de inspecionar vias de comunicação de um determinado país deixa um alerta quanto a possíveis danos numa ponte. Continuemos nesse exercício, imaginemos mais um pouco que nenhuma autoridade competente (o Estado) mexe uma palha que seja. Afinal, se não caiu até agora, o mais provável é que continue de pé. Até que caiu. Uma investigação rápida conclui que houve incúria dos serviços públicos que deveriam ter zelado pela segurança da estrutura e impedido os acontecimentos que terão levado à degradação da ponte.


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