Pe. Estevinho Pires

Vem aí a catequese! Onde param as crianças?

Ao início da tarde de sábado, acabado de chegar ao escritório, toca o telemóvel.
- Olá Sr. Prior.
- Viva Sr. Pe. Hérmino.
Num misto de dor e saudade, pleno de ardor missionário, diz-me o Pe. Hérmino, da sua maca do centro de diálise de Mirandela:
- Vem aí a catequese e, queria recordar os meus tempos, podes escrever?
- Claro que sim Pe. Hérmino, até porque hoje é diferente. No seu tempo faltavam meios, hoje não há crianças para a catequese. Onde param as crianças?


Caríssimo Pe. Domingos

Escrevo-te pois esta é a melhor maneira de nos fazermos compreender [1], é uma forma de pensar [2]. Escrever não é agradável, é um trabalho duro, mas se não escrevo sinto-me perdido [3].
Com o verão não vem só as férias, e o tempo quente, fustiga-nos um tempo pastoral mais intenso, reforçado pelo trabalho que a pandemia [Covid 19] adiou. Regressam em força, após dois anos de forçado confinamento, as novenas, as festas, os batizados, as comunhões e, os casamentos adiados. Ainda assim, quantos projetos não ficaram pelo caminho?


Maria “Mãe dos Escutas”

A devoção a Maria é um aspecto muito importante da vida espiritual quando limpa de exageros e excessos subjetivos, referia H. V. Balthasar [1]. Depurada do artificialismo devocional, fixar o olhar na Virgem Mãe, permite-nos contemplar nela a sua relação com Jesus Cristo e com a Igreja, numa perspetiva bíblica e existencial [2]. Assim é mais fácil sentir a Virgem Maria como mãe, “próxima de cada um de nós, que nos ama e, ouve a nossa voz” [3].


Poderão ressurgir os Templários e, reabilitar-se a Ordem?

Saúdo a “Comenda de Mogadouro Penas-Roias, da Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Jerusalém”, que se deu a conhecer, entre nós, na última edição deste jornal[1].
A Ordem do Templo [Templários] e o Santo Graal tem sido inspiradores de inúmeros romances, de associações sociais, humanistas e altruístas e, de muita investigação séria dos que indagam, com paciência e profissionalismo, os muitos pontos ainda desconhecidos da breve mas intensa história da Ordem[2].


O que faz falta? A hospitalidade franciscano/ transmontana

De onde provêm a tão propalada hospitalidade transmontana? Sim a hospitalidade que cultiva tanto o receber sem reservas, em casa o conterrâneo, o que passa na rua como o que bate à porta. A porta do transmontano, durante o dia até à hora de deitar, estava sempre encostada, quando muito “cerrada” com o “caravelho”, ou com o trinco, que se abria por fora.


São Francisco esteve em Bragança, e deixou os Frades e os Terceiros

Quando a notícia do leilão da Igreja e da casa do despacho do antigo Convento de São Francisco, de Bragança, no final do mês transato, me surpreendeu de forma dura e abrupta decidi informar-me e informar, acerca de tão preciosa relíquia da Ordem Franciscana Secular [OFS] e da memória coletiva bragantina. A origem de tão precioso legado, com mais de 700 anos de história, só pode estar envolto em lenda, que alguns cronistas da Ordem dos Frades Menores subscrevem. E, porque não, como dizia John Ford “quando a lenda é mais interessante que a realidade, imprima-se a lenda”.


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