A opinião de ...

Politdeus – Uma previsão para o ano 2023…

“É bom que o povo se habitue…”, diz o atual 1º ministro português, pois serão 4 anos (ou talvez não) deste caminho (infiro eu). Digam-me lá se isto é conversa?
Como pode alguém, que por ter maioria, ter este comportamento e discurso, quando devia era ter a obrigação de mostrar humildade e respeito para com aqueles que lhe deram essa maioria (embora se saiba que ninguém votou nele - pelo menos é o que se ouve, quando se fala desse assunto.)!

A arrogância e a insensibilidade natural deste senhor, que diz que é democrata e pela liberdade, mas que fica sempre, extremamente, incomodado quando alguém o contradiz ou não lhe faz vénias (talvez a sua casta brâmane exija essas vénias), e que por outro lado, não percebeu, ainda, que isto não é a conchinchina… fará com que o este ano de 2023, seja um ano de muito conflito social, muitas manifestações e greves e muitas paz podre entre as instituições e as pessoas que o circundam (inclusive dos seus mais próximos do partido). Nesta vida tudo se paga e a arrogância e a maldade… mais dia menos dia darão de si.

Quem não sabe proteger o povo que confiou nele, não merece governar. Este devia ser o slogan da oposição. O slogan da seriedade e da preocupação com o povo que sofre todas as privações e humilhações, enquanto os senhores recebem indemnizações chorudas, vencimentos principescos mesmo que inexperientes, etc.
Enquanto estes politiqueiros (politiqueiro, para mim, é aquele que não serve o povo que o elege, só se serve a si próprio), da esquerda à direita, não perceberem que só existem e que são o que são, porque o povo quer para o bem quer para o mal assim o permite, e, por outro lado, enquanto o povo não perceber que é o povo quem mais põe e dispõe, o nosso país nunca mais saíra desta cepa torta que nada produz a não ser mandriões e corrupção.

Foi assim que vivemos o ano de 2022, sobretudo, na parte final do mesmo, a produzir muito mandrião e muita corrupção. Mas, também, vimos e começamos a ver crescer alguma indignação. Esta a crescer e a vir de onde menos se espera. Por outro lado, também, os sinais vindos da Europa, começam a chegar a Portugal mesmo contra os ventos contra da maior parte do “jornalismo” que, alegadamente, não cumpre os cânones da ética e da deontologia prometida e que esconde ou tenta esconder (tipo “gato escondido, com rabo de fora”), esses sinais do povo português. Custa-me escrever isto sabendo que esse “jornalismo” sabe que o código de ética e deontologia que juraram enquanto pilar principal da comunicação social (CS), lhes exige liberdade e verdade na divulgação das notícias e factos que se dão e que só dessa forma poderão proteger os seus leitores, tendo destes o apoio e o investimento recíproco. Deixo, no entanto, uma palavra de apreço e honra para todos aqueles que não se deixam subjugar à corrupção e à falsidade e são jornalistas de factos e notícias, não opinion makers.

Sobre este investimento financeiro (pagar para ter informação e notícia séria), tenho a certeza de que o nosso povo, tal como acontece nos países mais atrasados da europa, tipo Inglaterra, Suíça, Suécia… (estou a ser irónico, claro), só não financiam mais a atual comunicação social, porque acredita que essa CS deixou de cumprir esse código ético e deontológico, e para lá disso, ainda contribuem, também, para que a arrogância de quem nos governa, com o apoio, até aqui, de outro alto responsável pela segurança e bem estar do povo, que graças a obras do “cair em graça”, mas de não ser nada engraçado, permitiu que chegássemos a este caos.
Assim, os não arrogantes e que sabem ler a história percebem, facilmente, que os dias de hoje não são os dos anos 30, 40, 50, 60 e metade dos anos 70 do século XX. Portanto, preparemo-nos para um ano conturbado e que espero possa ser um ano de viragem para a verdade, o respeito e a liberdade para com o povo português. Sem extremismos de esquerda, de direita, ou de centros, sabendo todos, mesmo aqueles que enfiam a cabeça na areia, como a avestruz, ou aqueles que estão perto da fogueira do poder, que tanta impunidade, imoralidade, falta de vergonha e fartar vilanagem, também, tem limites (os casos sucedem-se em catadupa) e todos sabemos, também, que este é o governo que não governa e nada faz… este é o governo que tem fingido que faz alguma coisa (na saúde, na educação, na economia…), e fá-lo, infelizmente e alegadamente, com o beneplácito de uma oposição que em vez de nos estar a proteger e defender, está a preparar-se e a colaborar, conjuntamente, com esta maioria para aquilo que poderá ser o fim de um dos valores mais caros á democracia: a liberdade, segundo um artigo de opinião (e que numa análise mais preventiva eu faço e sou levado a pelo menos ficar alerta), de Joana Amaral Dias, publicado no DN em 27 de novembro de 2022: https://www.dn.pt/opiniao/vigiado-e-punido-15391908.html

Concluindo, este será o ano em que nós, os portugueses, poderemos estar a jogar não o nosso futuro, mas o futuro dos nossos filhos e netos… Os sinais começam a ser muito evidentes e, até, tenho a certeza de que os próprios políticos (que não são dignos de assim ser chamados), já nem se preocupam em escondê-los ou dissimulá-los. Pensem nisso. Enquanto as pessoas não perceberem isso, não evoluiremos. Tenhamos, também, consciência de que a tolerância, não é uma ambulância em marcha de urgência. A tolerância tem sempre 2 sentidos. Por isso, quem quer ser tolerado, tem de tolerar, quem quer ser respeitado, tem de respeitar…
Feliz 2023 com muita saúde e clarividência é o que desejo a todos os leitores.

Edição
3918

Assinaturas MDB