F. Costa Andrade

Membro do MPN, CPLGSP e ONE

Do Natal de Belém, à moderna mistificação do “não Natal”

Na recente comunicação ao país sobre a prorrogação do estado de emergência, o senhor Presidente da República, deu grande enfase à sua preocupação de que “não seja posto em causa o espírito de Natal” o que até acaba por não acrescentar nada de novo, tal tem sido a obcecação quase doentia de muito boa gente responsável que, numa tentativa mal conseguida de desviar as atenções das grandes preocupações deste momento, tenta fazer-nos acreditar que todo o nosso futuro terá de ser equacionado em função da defesa do tal “espírito de Natal” deste ano de 2020, tudo não passando duma tentativa fala


Confesso que me enganei... Confesso!

Em meados do século passado, o almirante Américo Tomás, o então “ venerando” presidente da república, numa das suas monocórdicas comunicações, classificou a situação do país como “uma grande tontaria”. A dar crédito à insuspeita opinião do atual presidente da república, por certo que nunca sonharia que em pleno século XXI, uma situação de pandemia global como a que se abateu sobre a terra, voltaria a manifestar-se igual, se não pior, uma nova fase de tontaria nacional.
Mas as coisas são o que são, competindo-nos extrair delas as devidas ilações.


Subitamente, Portugal descobre a maneira infalível de se livrar do Covid-19

Em menos de um ano, quase tudo mudou nas nossas vidas, e esta nova realidade com que a humanidade se confronta, parece que veio mesmo para ficar. Em poucos meses alterou-se o rumo da história e, muito provavelmente, nada será como dantes. Por mais que custe aceitá-lo, tudo indica que o pior pode ainda estar para vir e ainda não há ninguém que possa garantir-nos se, como e quando o mundo terá a capacidade de se recompor e regenerar das consequências devastadoras desta pandemia.


Voto do povo, o grande Covid da Democracia

Para pouco mais servindo do que para cumprir calendário, o debate que antecedeu a votação na generalidade da proposta de orçamento do estado para 2021 veio, mais uma vez por a nu as fraquezas, para não dizer as misérias, da atividade parlamentar com que se vão ocupando os representantes do nosso povo, por nós instalados na magnificência do palácio de S. Bento, a casa da nossa democracia.


OE/2021: Ora agora mentes tu, ora agora minto eu!…

Para, em tempo oportuno, dar o merecido destaque a alguns dos muitos e importantes factos políticos que, multiplicando-se como “setos” nos pinhais depois das primeiras chuvas de outono, ocuparam, durante o mês de outubro as grandes manchetes da comunicação social, adiei a publicação do último trabalho sobre as estradas 218 e 317.
Por ser humanamente impossível aborda-los todos, escolhi os três mais importantes e atuais, como sejam a instalação da aplicação STAYAWY Covid, a próxima eleição do Presidente da República e a proposta de orçamento de estado para o ano de 2021.


De novo as Estradas Nacionais 218 e 317 A maldição que parece nunca mais ter fim

A maldição que caiu sobre a estrada nacional Nº 218, especialmente sobre o troço de cerca de dez quilómetros que liga Vimioso e Carção, já dura à mais de um século e, se nada for feito para a esconjurar duma vez por todas, promete arrastar-se por, pelo menos, mais outro século, estrada esta que, como se de um filho não desejado se tratasse, nunca foi bem aceite e, manifestamente, foi sempre vista como um mal necessário, que se suporta mas nunca se ama.


Nacional nº 218: de Carção a Vimioso a estrada da maldição

Como em tudo na vida, para tudo se quer ter sorte, até mesmo, (acrescento eu), para ser uma estrada.
Para quem pensar o contrário, bastará conhecer a triste sina da vida atribulada dos malfadados 12 Quilómetros, (doze!) do troço da estrada nacional (!) Nº 218, construída para ligar a capital do distrito à cidade de Miranda, troço este que, depois dum difícil e heroico serpentear nas inóspitas e ingremes ladeiras que aconchegam o rio Maçãs no seu percurso belo-horrível, liga Carção à sua sede de concelho.


Post Scriptum: Sobre a crueldade dos números, ou a cegueira de quem não quer ver

De acordo com os “canones” ou, dito de outra maneira, conforme mandam as regras de bem escrever, sempre que, depois de terminar qualquer texto, se chega à conclusão que ficou por dizer qualquer coisa julgada como muito importante que por esquecimento, ou por qualquer outra razão não se enquadrava bem na sequência lógica pretendida, essa falta poderia ser convenientemente colmatada adicionando um “post scriptum” no final dos textos.


Assinaturas MDB