Editorial - António Gonçalves Rodrigues

A oportunidade que se perde

Bragança acolheu, no passado fim de semana, um encontro de empreendedorismo jovem com troca de experiências entre o Norte de Portugal e a Galiza (Espanha), organizado pela Federação Nacional das Associações Juvenis.
Não deixa de ser sintomático que este encontro tenha decorrido em Bragança, um distrito que, ao longo da última mão cheia de anos, tenha perdido cerca de metade das suas associações juvenis (atualmente são 37).
Um problema que, digo eu, se vai agudizar ainda mais e que se alastra a outras vertentes da sociedade, como a participação política dos jovens.


Serviço público está fora de moda

De acordo com a Fundação Francisco Manuel dos Santos, numa publicação sobre direitos e deveres dos cidadãos, o serviço público é o conjunto de atividades e tarefas destinadas a satisfazer necessidades da população. Esses serviços são normalmente prestados por entidades de natureza pública, mas também podem ser assegurados por entidades de natureza privada ou mista, sob fiscalização do Estado.


Festejos, arraiais e outros que tais..

Afinal, os ingleses é que sabem. Portugal, com a região de Lisboa e Vale do Tejo à cabeça, volta a estar nas bocas do mundo devido à pandemia e pelas piores razões, com os novos casos e novos internamentos a subir há um mês e a colocar em risco o processo de desconfinamento.
Vários concelhos arriscam-se a voltar no tempo, ao tempo que antecedeu festejos futebolísticos, arraiais partidários e outros ajuntamentos, que o verão irá tornar mais frequentes.


Mandos e desmandos

A semana começou com uma notícia que muito irritou os portugueses, sobretudo os que, como nós, vivem perto das zonas de fronteira e, mais ainda, os que têm de a cruzar regularmente, sobretudo para irem para os seus empregos.


África, Trás-os-Montes e a multiculturalidade

África é "o continente do futuro".
A convicção foi manifestada pelo antigo Primeiro-Ministro caboverdiano, Carlos Veiga, à margem da comemoração do Dia de África, no Instituto Politécnico de Bragança.
Que o continente africano está cheio de potencialidades, humanas e naturais, ninguém duvida. Mas África não é só o continente do futuro em África.
Também por cá, no Nordeste Transmontano, África poderá ser o continente do futuro.


A riqueza e a sua distribuição

Um estudo apresentado esta semana por Vítor Gaspar, o antigo Ministro das Finanças de Passos Coelho, concluiu que o Fisco português poderá estar a perder, anualmente, cerca de 500 milhões em IRC (imposto sobre lucros das empresas) - ou nove por cento da receita total anual deste imposto - por causa do "desvio" das bases de tributação de empresas multinacionais que, embora tenham atividade em Portugal, vão pagar impostos (mais baixos) a outros territórios mais vantajosos do ponto de vista tributário.


Os perigos de baixar a guarda

A última semana trouxe à tona um cenário para o qual já todos tínhamos sido alertados, o perigo de baixar a guarda no que às medidas de proteção contra a pandemia de covid-19 diz respeito.
O concelho de Bragança, o mais populoso do distrito, concentra, atualmente, o maior número de novos casos e de casos ativos no distrito de Bragança.
Com os limites de 120 casos por cem mil habitantes definidos pelo Governo e Direção Geral de Saúde como limiar para se continuar a desconfinar, o risco de um recuo é grande nesta altura.


Um distrito com esperança

Bragança é um distrito com esperança. E o setor primário tem muito a ver com isso.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, que pode consultar nas páginas centrais desta edição, o número de Jovens agricultores a instalar-se no Nordeste Transmontano foi de 568 em dez anos (de 2009 a 2019). Pelo meio, vivemos os efeitos prolongados de uma grave crise financeira e do resgate da troika. Ainda assim, mais de meio milhar de jovens (a idade máxima para as candidaturas é de 40 anos) decidiu apostar na agricultura.


As bolhas, as higiénicas e as outras

Numa excelente reportagem da jornalista Glória Lopes, que pode ler nas páginas centrais, quatro famílias do Litoral radicaram-se temporariamente em quatro localidades do concelho de Bragança, "depois de terem sido selecionadas num total de 1879 candidaturas no concurso Liberdade para Recomeçar lançado pela Câmara Municipal de Bragança, que usou este meio para convidar pessoas de outras regiões e do estrangeiro a vir passar um mês ao concelho com tudo pago para experimentarem a vida no Interior".


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