Pascoa 2022 do deicídio no calvário, ao genocídio na Ucrânia
Há bem pouco tempo atrás, ninguém ousaria prever que, depois de muitas outras Páscoas passadas, vividas como esta em condições nada fáceis, e dois milénios depois da crucificação e morte de Jesus às mãos dos poderes de então, em pleno século XXI, o mundo fosse obrigado a celebrar as alegrias pascais ensombrado por um sentimento de estranha tristeza, numa espécie de continuação do espírito da sesta feira santa, revivendo no pavor estampado no rosto das crianças ucranianas e nas lágrimas derramadas pelas suas mães, toda a dor e todo o sofrimento da “Mater Dolorosa”, ajoelhada aos pés d